quinta-feira, setembro 3

galiza1


PORTUGAL, GALIZA E A LUSOFONIA
A SOBERANIA EM XEQUE?
JJorge Peralta
“A certeza na frente
A história na mão”
(G. Vandré)
PLANO DO TEXTO

I - Bastidores de um Golpe
II - Quem quer Subjugar Quem?
III - Conchavos com o Inimigo Histórico
IV - Uma Fábula Paradigmática
V - Astúcias de uma Armação
VI - Respeito a Auto Determinação dos Povos
Galiza: Nem Submetê-La. Nem Submeter-Se.
VII - Portugal, Galiza e Espanha
Uma Tática Geopolítica
VIII - Conspiração em Curso?
IX - União Cultural dos Povos Ibéricos
      e Federação Brasil-Portugal
___________________________________________

I
BASTIDORES DE UM GOLPE

Si vis pacem para bellum
“Se queres a paz, prepara a guerra”.

1. Abordamos neste texto um assunto bastante controverso, em estilo de provocação. Não uso um formato diplomático. Vou direto ao assunto, pois não há nele novidade. É questão de interpretação e de posição?!. O tema está inserido numa já ancestral contenda entre a Espanha e Portugal.
Há muita gente tratando do assunto, mas em termos circunstanciais.
O assunto parece que ainda não abalou Portugal. Reina aqui a síndrome de Inez de Castro, “posta em sossego”?! Nem tanto...
No entanto, o inimigo trabalha tranquilo, sofregamente. Sem incômodos, vai rendendo a guarda. É a velha tática de todas as revoluções. Quem não se rende, compra-se, com promessa de futuras vantagens pessoais, em sistema de troca ou de parceria. O botim de guerra é repartido pelos comparsas...

A estratégia é tão antiga, que já está na “Arte da Guerra”, de Sun Tsu. É só consultar.
Felipe II, da Espanha, já usou essa tática, em 1580. Certamente começou a tramar seus “direitos”, antes da batalha de Alcácer Quibir, onde desapareceria o rei. Continuou as artimanhas  de compra de partidários, para alijar D. Antônio Prior do Crato, que culminaria na Batalha Naval dos Açores, com grande traição. Precisamos revisitar a nossa história. Há muito a ser repensado.
Nota: Quando falamos de Espanha, não falamos do povo espanhol, que é gente trabalhadora e leal. Falamos de certas lideranças que detêm o poder, no país irmão. Os espanhóis merecem todo o nosso respeito e carinho fraternal. Mas cada um cuide de seu espaço, em paz.
Grandes espanhóis tiveram um imenso carinho e respeito por Portugal. Miguel Unamuno é um paradigma de respeito e grandeza. É respeito correspondido. Ver Teixeira de Pascoaes.

2. Hoje os tempos são outros, mas as estratégias e as maracutaias não alteraram muito o modelo de compra, com promessas de vantagens.
Como sempre: aliciadores e traidores fazem o jogo. O povo sempre à margem, paga impostos.
Os fracos caem rapidinho, nos braços do inimigo da nação.
As artimanhas em pauta, acredito que começaram, há mais de 35 anos. Quem acolheu e abasteceu moralmente os desertores da pátria, e os fugitivos da lei?!

Destes já falava e se lastimava o P. Antônio Vieira, em 1697;
“Não me temo da Espanha;
Temo-me desta canalha”.
            Quer dizer que da Espanha, de certas elites,  já sabemos o que quer, como inimigo histórico; dá para se prevenir. Não se teme o inimigo conhecido.
            De alguns de nossos patrícios não se sabe o que esperar e em quem confiar; os traidores trabalham na surdina; são canalhas. O inimigo disfarçado esse é temível. Está dentro de nossa casa, senta-se à nossa mesa e compartilha nossas confidências...

3. Conclusão: Queremos a Espanha como irmão fraterno, sempre e não como tirano mascarado.
Alianças mais profundas? Somente com quem respeita plenamente a nossa soberania plena e não com quem conspira para extingui-la. Esta aliança não pode ser viabilizada. Nunca. 
Mas não esqueçamos que, para além da soberania e honra da Espanha e de Portugal, somos povos Ibéricos. Precisamos  saber respeitar-nos mutuamente e ser solidários...não tiranos.
Deveria ser estabelecida uma cláusula pétrea, intocável sobre a qual não cabe prosseguir  qualquer diálogo:
“A soberania Nacional é inegociável, indiscutível e intocável”.
Contrariar este princípio já deveria ser considerado crime de lesa-pátria.
É necessário que os portugueses peguem a própria história, na própria mente e na própria mão. Que não a façam e escrevam com a mente de outrem.
Lembremo-nos: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
____________________________________________
Observação:
O presente ensaio contém algumas Ideias que precisam ser verificadas. Baseamo-nos em artigos e notícias fidedignas, publicadas em veículos sérios. Nada inventamos.
A quem puder enviar achegas a esta matéria, seja para ampliá-la, seja para contestá-la, com razões responsáveis, de antemão agradecemos. O assunto é grave e precisa ser levado a sério.
Quando falamos de Espanha não sabemos se são apenas alguns espanhóis ou espanholistas... Na diplomacia há meandros indisponíveis.
Gostaria que alguém pudesse, lealmente, provar que isto são apenas intrigas da “oposição”....

Num próximo trabalho pretendemos trazer citação de documentos de domínio público, divulgados na imprensa.


            PORTUGAL, GALIZA E A LUSOFONIA
A SOBERANIA EM XEQUE?

II
CONSPIRAÇÃO X CONFRATERNIZAÇÃO


4. O assunto aqui, neste ensaio, é a questão Portugal, Galiza  e a Lusofonia  e a questão dos integracionistas, que trabalham a hipótese (??) da integração da Galiza, com o Norte de Portugal. (Ou o inverso?!)
Entre Portugal e Galiza sempre houve um carinho fraterno. Temos substratos idênticos. Até linguisticamente temos um universo comum. Há um respeito recíproco entre muita gente de Portugal e da Galiza. É sabido que a Espanha não gosta dessas ligações, desses laços. É pena, mas a história é para ser considerada...
            Alguém, (de boa fé) pensa que a Espanha está dormindo, e não está. Está tramando...
Anexar Portugal?! É um sonho que não deixa dormir “Madri” há 850 anos. Agora fazem campanha aberta pelas ruas de Lisboa, em nome das “liberdades” democráticas... depois de impor ao país uma dívida gigantesca e proibitiva, em padrões inaceitáveis!
Advirto: os conspiradores estão a postos e já se manifestam às claras.
A Espanha sempre atuou como ave de rapina, pelo mundo a fora. É só consultar a história.
Ave de rapina, mesmo parada, no ar, está tramando à distância.
Madri está com os olhos cobiçosos voltados para Portugal, há 850 anos.
Toda a gente já os ouviu. Alguns consideram a conspiração contra o país um direito democrático (?!). Um benefício (??!) para um país, previamente falido por seus comparsas...
Mas o Presidente não jurou defender Portugal e a Constituição?

5. Estou fazendo esta intervenção, por sentir que não me posso calar. Não posso me omitir.
A hora está preparada; os políticos já deixaram o país à míngua, quase exangue, afogado em dívidas. Também extinguiram seu suporte internacional e a consciência de muitos, por uma propaganda silenciosa e manhosa.

Quem sabe como a Espanha tratou o País Basco e a Catalunha, e trata a Galiza, Olivença, etc, etc, nada estranha.
Ave de rapina fere sem limites.
E a nossa Olivença  (http://novaaguia.blogspot.com/2009/10/gibraltar-e-olivenca-vidas-paralelas.html ), raptada em todos os sentidos...
É preciso insistir: Olivença é terra de Portugal. Ponto Final.
A verdadeira e leal relação de Portugal tem de ser com o Brasil, nosso amigo e irmão.
Com Espanha, só relações culturais, em termos que não permitam nos asfixiar, como é a aspiração secreta de alguns, moldes de “conspiração”.
Voltamos a este tema no final deste ensaio.

6. Considero que a Espanha, Galiza e Portugal devem continuar se tratando como irmãos, mas sem um querer usurpar a herança do outro; sem um querer assaltar a casa do outro. “Amizade” tem limites..., mas com respeito à identidade de cada nação, incluindo País Basco e a Catalunha.
Quem semeia ventos colhe tempestades, avisa o povo.
Portugal quer bom relacionamento com os irmãos históricos galegos. Mas respeita os direitos da Espanha. Rejeita veementemente as artimanhas do “inimigo histórico”
Em contrapartida exige reciprocidade: Que a Espanha respeite, integralmente, o direito à auto-determinação e soberania plena de Portugal, sem ingerências, sejam quais forem.
 A Espanha nunca se deu bem quando atacou Portugal. Também não se dará bem agora. É preciso conhecer a história. Para defender a sua terra, e a sua liberdade, um português vale por dez... Como sempre, Portugal não ataca irmãos. É uma fera na defensiva.

Aqui fazemos gestões de ideias, visando provocar reações, em quem está “posto em sossego”. Os portugueses precisam vencer uma certa letargia  que os algema.
Os portugueses precisam vencer o “Complexo de Vira-Lata”, no conceito que lhe impôs o nosso Nélson Rodrigues. 
Portugal precisa de uma  aliança especial, mas com o Brasil, seu aliado natural.


7. É bem conhecida a minha atitude basilar: Busco harmonia dos paradoxos, sem tomar partido em relação a pessoas ou instituições. Não faço política partidária. Sou um homem de ideias. Sou um pensador. Não sou mais político do que o mínimo que se espera de um cidadão consciente, que defende a consciência das pessoas, como caminho para a paz e a prosperidade.
A segunda parte, a decisão prática, cabe a outros.
Em qualquer hipótese, nunca assumirei o papel de cúmplice, por minhas omissões.
É deste assunto grave e urgente que trato aqui, como uma discreta e despretensiosa contribuição ao debate.

PORTUGAL, GALIZA E A LUSOFONIA
A SOBERANIA EM XEQUE

III
QUEM QUER SUBJUGAR QUEM? MADRI AGE!

8.    Historicamente Portugal nunca quis anexar a Galiza, por ser território de
“irmãos” e não de inimigos. No entanto, hoje, alguns, exilados da realidade, lutam pela junção da Galiza, com o Norte de Portugal, como sendo vontade dos galegos. Quantos? Quem? Que jurisdição? Não entendi! O equívoco é grave?!
Amigos, amigos, negócios à parte. A Galiza não é um território independente e soberano.
Os galegos lutarem para aderirem à Lusofonia, é um belo gesto, mas há questões precedentes a resolver.

9.    Sob uma bandeira de paz (ou de guerra), o que se quer de fato,
acaso não é integrar o Norte de Portugal  à Galiza, sob a bandeira da Espanha, e não o inverso?!
Onde estão nossos estrategistas? E os entreguistas?! E os Espanholistas?! Querem fatiar Portugal?! Desculpem, mas não posso deixar de dizer o que vejo...
Não se esqueçam do Conde Andeiro...
Atenção, atenção: conspiração à vista! Ou não é conspiração?! Alerta, senhores e senhoras!

            Os espanhóis já são proprietários de parte dos meios de comunicação, em Portugal, para interferir  na opinião popular. Têm até um canal de TVI.

            Sou de opinião que a Espanha e Portugal devem continuar suas relações fraternas, de mútua cooperação, mas sem ingerência, em questões alheias, respeitando a soberania plena de cada país.
(Repito: Quando digo Espanha, não me refiro ao povo, mas aos malandros que articulam essas tramóias equivocadas)
Deve ser garantido o princípio de auto-determinação e não ingerência, como algo intocável. Daqui ninguém arreda pé, a não ser os “agentes duplos”.

10.  Leio, em alguns espaços lusófonos, que alguns, na Galiza, insistem em aderir à Lusofonia. Objetivo: abrir, para a Galiza e para a Espanha, os mercados lusófonos-CPLP?  
Alguém esqueceu que Galiza “é” Espanha?! Não sabem que o ensino de Português  é proibido, em muitos lugares da Galiza?

Não sabem que a própria língua galega é discriminada pela Espanha? Não sabem que, na região de Badajós, o ensino de português sofre “perseguição” humilhante?
Não sabem que o acordo mútuo de ensino do português na Espanha e do espanhol em Portugal está sendo pouco eficaz na Espanha por falta de interesse?
Não sabem que os espanhóis grosseiramente, desdenham do português e do galego?!
Não é agradável dormir com o inimigo em casa...

Deixemos os Galegos resolverem os problemas da Galiza. Têm voz livre  para interferir  na opinião popular. Isto é legal?!
A Galiza seria muito bem-vinda à lusofonia, desde que possa vir para somar e multiplicar e não para subtrair e dividir. Desde que venha como trigo e não com a cizânia de certos aproveitadores....
Não se põem dúvidas quanto à Galiza, mas quanto à Espanha que não pode ser esquecida aqui.


11.  É preciso respeitar Portugal, respeitar a Galiza e respeitar a Espanha. Sobretudo respeitar Portugal, não o metendo em conturbações inúteis?
Só um romântico seria capaz de acreditar que a Espanha abençoaria esta união tramada.  Se aceitar é com outras intenções...
Quantos querem a integração?! Que integração?

Sob capa de simpatia, reintegração e amores impossível, vem a mão do gato, invadindo nossos mercados e nossos espaços. Invadindo, descaradamente, nossa auto-determinação. Será que estou entendendo bem?!

Pensando bem, é melhor deixar a lusofonia fora desta contenda. Não misturar. São dois mundos  que não se confundem.

Põem o bode e a vaca na casa, como na fábula, para depois aclamar o salvador que tirou os incômodos? Há muita gente levando o país às lonas, para inviabilizá-lo e entregá-lo nas mãos de seu histórico inimigo!
            Já entregaram, de mão beijada, contra a vontade da população, em  muitos casos, todos os territórios ultramarinos, por simples covardia (?!).
            O país está endividado até a raiz dos seus cabelos. Quem responde por esse descalabro?! Que desgoverno é este?!
           
12.  De preferência, na manha, a Espanha, quer surrupiar-nos um
pedaço de chão?! Inacreditável!...Alguém vai para o escanteio... Quem será? Quem gramará o opróbrio da nação?
Os quinta coluna estão em ação?! Devagar e sempre é o lema?!

PORTUGAL, GALIZA E A LUSOFONIA
A SOBERANIA EM XEQUE

IV
CONCHAVOS COM O INIMIGO HISTÓRICO

13. Estas artimanhas não são mais questão secreta. Há defensores pregando a anexação de Portugal, na cara dura, sem serem importunados. Isto é Democracia?!
A conspiração está nas ruas, pouco camuflada... Só os frouxos se calam, omissos...

O Governo Português ajoelha-se frente à Espanha (?!). “Espanha/Espanha/Espanha”, é o brado “exaltado do atual governo”. Um vexame! São meninos medrosos, frágeis.
É a galinha no colo da raposa, à qual foi pedir proteção...
Como classificar esta situação mórbida? Empresa espanhola é proprietária de veículos de comunicação de massa em Portugal. Que significa?!
Vê-se que a mão, pouco oculta, da Espanha já “decide”, no Portugal do Governo de Plantão (?!).
O inimigo histórico, que sempre respeitamos, e que sempre quis armar-nos ciladas, “senta-se” ao lado dos nossos governantes?! Quem pode calar-se?! Ninguém reage?! Isto não é promiscuidade?! Não é crime de lesa-pátria? Quem cumpre a Constituição? Se o governo trai, quem defende o país?! Governo que trai não cai?!

14. Isto não é uma aspiração do povo português. É sim, uma artimanha de alguns que se julgam  a “voz” da nação... (mas que voz?!). São a voz dos próprios interesses e vantagens...
Quem são os espanholistas? Que mostrem  o seu rosto. Quem quiser que preste mais atenção. Há declarações explícitas, embora mascaradas. São tentativas de traições explícitas?!
            Será que ainda vale o que disse Pessoa:
 Ó Portugal, hoje és nevoeiro! É a hora!
Ou vale o que Vieira lastimou:
Não me temo da Espanha; temo-me desta canalha
Mas por quê, meu nobre e sábio Vieira? Ah! Já entendi: é que da Espanha já sabemos o que esperar e sabemo-no nos precaver. É o nosso inimigo histórico.
Em contrapartida, os outros vestem-se como portugueses, e, na surdina, fazem o jogo do inimigo, na calada da noite. São canalhas traidores que iludidos só pensam nas vantagens pessoais.
Mas,  por agora, voltemos à Galiza.
Não estamos aqui para reclamar da sagacidade do país vizinho que tenta seduzir também o Brasil, Angola, etc.
Apenas lastimamos a atitude frouxa, permissiva e ... entreguista do governo português. Traição à vista! Não há lei, neste país?!
     Ai de mim se me calar!” - Diz Paulo
            Quem se omite é CÚMPLICE das armadilhas que se tramam.

PORTUGAL, GALIZA E A LUSOFONIA
A SOBERANIA EM XEQUE

V
UMA FÁBULA PARADIGMÁTICA

15. É preciso mirar-se na Fábula de La Fontaine – O Corvo, a Raposa e o Queijo. Moral da história: Os bajuladores vivem à custa dos que os escutam. Entenda quem lê. Ou perdemos o senso?!

Na história da Raposa e o Corvo, a raposa é a Galiza/Espanha (?!) e o Corvo parece ser Portugal que perderá o Queijo, se aceitar o desafio da raposa e soltar a voz “maviosa”... Quem está perdendo o senso?!

A  posição de Portugal, como Corvo de La Fontaine, é nova na história do país e produz constrangimentos. Onde estão nossos velhos estrategistas? Sabem quanto sangue custou preservar este pedaço de terra que mudou a história do mundo? Sabem o preço de nossa soberania e de nossa liberdade? Quem não sabe é porque é alienígena. Muitos foram desertores. Fugiram de seus compromissos com a pátria. Têm compromisso com quem?! Precisam retribuir algo a seus “protetores cúmplices"?! Há conspiradores no arraial?!

Nada contra a Galiza, que  sempre respeitou Portugal.
A Língua Portuguesa vem de um tronco histórico comum: o Galaico-português. São nossos parentes linguísticos.

16. Nesta história de irmãos linguísticos, Portugal levou a melhor parte, ao ficar independente. Então se agigantou. A Galiza ficou sob o tacão de Castela... Alguém está agora, de bandeja, querendo colocar Portugal sob o tacão de “Castela”?! Não conhecem a história?!
As guerras de subjugação dos vizinhos e as violências perpetradas são uma história trágica que continua. Hoje usa outras estratégias mais sagazes, mas não menos sórdidas.
Hoje o assédio mais afrontoso é o que Madri faz a Portugal, na cara dura, em pleno século XXI.
Quem nunca nos venceu pelas armas, não nos vencerá agora, com conversa fiada.
Às vezes penso no passarinho, encantado (?!) pela serpente, incapaz de fugir ao veneno fatal.
Não há liberdade para quem está desarmado, diante do jacaré esfomeado.

PORTUGAL, GALIZA E A LUSOFONIA
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VI
ASTÚCIAS DE UMA ARMAÇÃO

17. ARMAÇÃO - uma das mais astuciosas armações que se tramam hoje no mundo latino parece ser a troca de amabilidades e promessas entre a Galiza e o Norte de Portugal.
Mais profissionalismo, gente! Lembram-se do Cavalo de Tróia, recheado de prendas? E que prendas!...

Então a Espanha, por artimanha, usa também a Galiza para ir “invadindo”
Portugal, com promessas falaciosas?! Em conversa fiada, só os palermas acreditam. Os palermas ou os traidores?! Quem levará as vantagens? E as desvantagens?
            Qual o papel do Partido Popular da Galiza, nessa tramóia toda.
           
Espanta saber que um alto percentual dos portugueses deixou-se seduzir?!
No passado, os povos “primitivos” deixavam-se seduzir por bugigangas...
            Hoje há forças de sedução alojadas na alma do país, nos meios de comunicação.
É sabido que os principais acionistas da TVI e a sua administração são espanhóis, sentados na nossa sala, manipulando notícias e interesses.
Como um país sério admite tal situação? Que portugalidade difundem os espanhóis na TVI Portuguesa? Que afronta?!
Isto não é democracia; é tirania.
O que a Espanha não conseguiu, em 850 anos, pelas armas:
(dominar Portugal e a Lusofonia), pensa agora consegui-lo com protocolos e promessas astuciosas. Quantos, do governo, estão nessa?!
Confunde-se tolerância com subserviência de otários?!
Há quem defenda o golpe abertamente e “democraticamente”.
Que desplante!! Os espanhóis são até proprietários de uma rede de TVI! Em Lisboa!!! O que aí se articula? Que ingerência tem nos destinos do país?... Ou alguém pensa que o falcão dá ponto sem nó?!

18.          Os conceitos de tolerância, solidariedade e diálogo, se têm mão única
de direção, seguem no caminho da tirania.
Solidariedade e tolerância não é questão de otários, mas de gente consciente, responsável e astuta se precisar.
Guerra não se recebe com flores... Há violência camuflada que precisa ser desmascarada e respondida à altura.

Haverá quem acredite na adesão/anexação da Galiza a Portugal?!
Inacreditável! Cabe aos Galegos decidir pela Galiza, mas não pela Espanha.
Respeitemos a auto-determinação da Galiza. Não querer submeter,
nem submeter-se, é a única resposta.

No seu consciente e no seu subconsciente, a Espanha sonha com a
anexação de Portugal, há séculos.  A Espanha sempre quis anexar aos seus feitos as glórias de Portugal. Já se passaram 800 anos, e nada mudou. Portugal é um povo que preza a própria terra e preza a liberdade.
Será que algo está mudando? Os portugueses mudaram?! Afrouxaram nos últimos 35 anos?!
Estará narcotizado por amores escusos, com velhas raposas de cá e de lá?!

Não vale a pena perder tempo com questões impossíveis. A quem interessa interferir na auto-determinação da Galiza? Cada um cuide do seu torrão natal! Defenda-o. Ponto.
Mas que Portugal não afrouxe a prontidão moral!



PORTUGAL, GALIZA E A LUSOFONIA
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VII
RESPEITO A AUTO DETERMINAÇÃO DOS POVOS
Galiza: Nem submetê-la nem submeter-se.

19.  O “reintegracionismo” Portugal - Galiza é uma balela: um novo Cavalo de Tróia à Lusofonia. É um sonho insólito, que a Espanha jamais admitirá, a não ser como parte verbal de intenções manhosas... Este é um sonho inútil e extemporâneo.

O “reintegracionismo”?! Nem em sonhos! É pura artimanha bem conhecida. Vamos deixar de sonhar, como os otários, seduzidos como o macho da libélula! Isto é canhão sem pólvora!

Por Tratados, bem claros, a Espanha comprometeu-se a devolver territórios de Portugal que nos usurpou. Quando os devolverá?! Quem acredita em palavras, de quem não cumprem tratados assinados?

Por outro lado, Portugal não tem direito de pretender que seja leal o discurso de adesão da Galiza à Lusofonia. É pura estratégia de mercado.


20. A adesão da Galiza ao mundo lusófono seria bem-vinda, se acertada em termos claros, leais e mútuos. Mas o que é lealdade?! Quais os interesses em jogo.

Sem dúvida, a Galiza é território lusófono, naturalmente. O problema é questão política. Os próprios galegos estão sendo enganados e instrumentalizados?!

Tudo balelas e discurso para boi dormir. A Galiza não quer ser Portugal?! Ou quer antes que Portugal seja Galiza = Espanha?! É jogo de 850 anos.
Pior: na Galiza, nem todos querem a mesma coisa. Há que ser claro e focado

Alguém está fazendo o jogo com cartas mascaradas.

Não é sem razões políticas, que os espanhóis consideram o galego como dialeto do castelhano(?!) Cientificamente o galego é, sim, um dialeto do Português, o que ainda é impreciso, dado que o galego e o português estão no mesmo tronco, como variantes: são duas faces da mesma língua: poderíamos dizer: o “Português da Galiza”, como dizemos “Português do Brasil”.

Alguém já ligou o pisca-alerta?! Ninguém Viu?!
Os conspiradores desligaram o alarme, para não serem incomodados?!

Ao ler certas manifestações sobre este assunto, sinto apreensão pela falta de visão estratégica e falta de realismo político. Parecem textos de povos primitivos ... inexperientes...

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VIII
PORTUGAL, GALIZA E ESPANHA
Uma Tática Geopolítica

21. Portugal ainda não percebeu as táticas geopolíticas da Espanha, em relação à Portugal? Vejam que não são novas. Apenas mudou de estratégia.
O discurso é o mesmo, há 850 anos, proferido com palavras, gestos, olhares, ou com armas...

Alguém está querendo vender a soberania de Portugal e de seu povo, por um prato de “lentilhas” frias, cozidas na véspera?
Os “agentes duplos” de Sun Tsu estão ativos, com grandes planos.
           
Espanta um fato recente: o Protocolo assinado entre a Galiza e o Norte de Portugal. É algo muito estranho e até inacreditável. O povo não foi chamado a opinar. É que o povo... ora, o povo! Tudo se resolve, em conchavos de cúpula.

Certamente o referido acordo, tal qual está, é inconstitucional. É de pasmar. Quem neste caso é o otário? É incrível!  A Assembléia da República não reage? Afinal, a quem interessa tal situação?

Os galegos/espanhóis nesta questão, dizem uma coisa e pensam outra. Dizem o que os Portugueses querem ouvir e fazem/tramam o que sempre quiseram.
Só é enganado quem quer ser enganado.
Quem são os “agentes duplos”? E os lobistas? Estão a serviço de quem? Quem são os conspiradores?

            22. Um entreguista cabeça de bagre é o nosso José Saramago, de triste figura e poucos méritos, Prêmio Nobel, que,  espantosamente já fez a sua declaração de amor à Espanha, sugerindo a anexação de Portugal, numa atitude insólita e vergonhosa.
Há no âmbito das atuais conversações e compromissos, uma irresponsabilidade latente....
Os espanholistas festejam.
Os galegos/espanhóis jogam melhor que os portugueses?
Há, certamente, muitos galegos amigos, sinceros, leais. No entanto, muitos estão fazendo o jogo da Espanha, contra Portugal.  
Outros estão sozinhos, enfrentando um poder que segue outro rumo. E sofrendo perseguição. Com estes somos naturalmente solidários.

O reintegracionismos linguístico pode ser usado como Cavalo de Tróia.

23. Reitero: Há efetivamente, um movimento sincero, lógico e leal para “reunir”  Galiza a Portugal, na lusofonia. Aliás, é reunir a Galiza a todo o mundo da lusofonia.
Mas boas intenções não bastam. Quantas legiões tem a lusofonia na Galiza? Para que tanta algazarra?
 Acaso há algum impedimento à mútua cooperação cultural de Portugal e Galiza?!
De cá e de lá há inúmeras amizades leais e sinceras. E irão continuar, qualquer que seja o desfecho desta trama.

Deixemos os galegos buscarem o que é melhor para os galegos, sem ingerência em sua auto-determinação, desde que não intervenham em nossa auto-determinação. (Entendamo-nos: para nós, galegos são galegos e castelhanos são castelhanos.)
Os galegos são suficientemente lúcidos, para saberem decidir o próprio destino, diante dos laços que os unem à Espanha e outros, (mais profundos?!), que os unem à Lusofonia.

Em seu inconsciente e no seu subconsciente coletivo, a Espanha sonha em tirar a auto-determinação de Portugal, há 800 anos.? Sim ou não?!
Portugal segue seu rumo, livre e independente. Nada mudou. Nada mudará?! Depende de você.


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IX
CONSPIRAÇÃO EM CURSO?

24. Sejamos sinceros leais e lúcidos: Na Galiza sempre esvoaçará a bandeira da Espanha, a não ser que as forças políticas mudem. Numa Galiza soberana é outro diálogo...

Em Portugal, de Norte a Sul e de Leste a Oeste, sempre esvoaçara a bandeira de Portugal. Os integracionistas de lá ou de cá não passarão.
Ninguém avançará as fronteiras da Espanha , nem as de Portugal; mesmo que o velho sonho do nosso vizinho, não tenha limites, nem mesmo éticos. Não passarão!
            A história não mente: Não passarão!
Os traidores, nesta terra, sempre levaram o troco (mas às custas de muitas vidas). Os Conde Andeiro e os M. de Vasconcelos estão de plantão, conspirando?! Dê-se-lhes resposta condigna!

25. Toda essa azáfama, em torno do reintegracionismo  regional, com promessas de grandes vantagens econômicas,  para muitos não passa de uma armadilha para minar a portugalidade e dividir a opinião dos portugueses.

É o novo “Tratado de Methuen” (27.12.1703), quando os ingleses “compraram” a opinião pública do Norte, com “vantagens”  que retardaram o desenvolvimento tecnológico e social de Portugal, por mais de 200 anos. Prejuízo insanável...
            A visita recente do rei da Espanha aos Açores, acompanhado de um coral de Olivença que nos foi usurpada, é manifestação da falta de respeito do país vizinho. É uma agressão desalmada...
Vamos manter relações fraternais, em todos os níveis, com a Espanha. Mas sem permitir um arranhão sequer na soberania da nação. A liberdade de um povo não tem preço.
Já toca o alarme amarelo! Atenção! Ao menos saibamos manejar, com destreza e eficiência, a arma da palavra convincente.
Cabe a cada cidadão a defesa intransigente da plena e inquestionável soberania de seu país.
Tudo o que possa por em risco a independência do país deve ser rejeitado pôr todos os cidadãos dignos e leais.

PORTUGAL, GALIZA E A LUSOFONIA
A SOBERANIA EM XEQUE


X
UNIÃO CULTURAL DOS POVOS IBÉRICOS
E A FEDERAÇÃO BRASIL-PORTUGAL

26. União Cultural dos Povos Ibéricos
Poderíamos (!) ser a favor de uma União Cultural dos Povos Ibéricos, (incluindo bascos, catalãos, galegos, etc, etc.), de nível cultural, mas arquitetada, em moldes aceitáveis, com reais vantagens para todos, com igualdade e sem tiranias implícitas ou camufladas.
Somos povos Ibéricos, sem dúvida. Quando um dos irmãos não respeita o outro, é bom que cada um cuide de sua casa. Relações familiares? Sim. Mas o mínimo necessário, sem interferências na soberania de cada um.
Com todas as salvaguardas. Com cuidado para aquilatar a representatividade das pessoas.
Seríamos então uma potência cultural descomunal.
Mas isto é outro assunto, ainda mais complexo e polêmico, para outro ensaio.

27. Federação Brasil-Portugal
      
Somos também favoráveis a uma FEDERAÇÃO BRASIL-PORTUGAL, plena, nos moldes da Comunidade Européia: cultural, política, econômica. Logo poderia agregar outros países lusófonos, como Angola. A idéia pode, hoje, parecer utópica. Amanhã será uma realidade benfazeja.
Seria um projeto fantástico. Estaria sendo concretizado o sonho de D. João VI: o Reino Unido: Povos Unidos e prósperos.  Esta seria uma deliberação muito natural e de alto interesse para os dois lados do Atlântico. Hoje os países têm de se unir e não se isolar, mas com vantagens mútuas, sem se subjugarem...
Será algo muito além dos propósitos da CPLP.
Vamos assumir e construir a nossa história com a própria mente e com as próprias mãos, sem nos deixarmos instrumentalizar por ninguém.
Voltaremos também a este assunto.

28. Nota: Está em preparo um trabalho, todo baseado em documentos, textos e notícias da Imprensa sobre este  momentoso assunto. Será publicado oportunamente.
J. Jorge Peralta

Para saber mais Olivença:

Para quem quiser se inteirar de algumas questões sobre o IBERISMO, indicamos alguns endereços disponíveis na Internet

Deus na terra e os anjos no céu.



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