sábado, setembro 26

VI
ALMA E MISSÃO DE UM POVO


12. Os Três maiores ícones do País, Camões, Vieira e Pessoa, souberam vislumbrar entre brumas, a grande missão de Portugal.
Portugal, todo o País de Norte a Sul, é obra e projeto dos Templários, sediados no convento e Castelo de Tomar.
Daí se irradiou por todo o país e se lançando aos sete mares, nas caravelas descobridoras, no hábito da Ordem de Cristo.

Portugal foi terra de bravos guerreiros e de dedicados colonizadores.
Foi e é a Terra de El Rei D. Diniz e do Mestre de Avis e de muitos outros gestores, sábios e santos, que deixaram o mundo melhor e o povo mais soberano e mais feliz.
É a Terra de Cabral, de Vieira, de Camões e de Pessoa e de tantos imortais, que da lei da morte se libertaram.

Portugal do Tejo, do Mondego e do Douro; Portugal de Lisboa, Coimbra e Porto; do Alentejo, do Algarve, do Minho, de Trás os Montes e das Beiras; dos Açores, Madeira e de toda a Diáspora, principalmente do Brasil, sem os outros esquecer.

Portugal, além de ser todo ele um espaço, com certa mística, como uma outra terra da promissão, tem dentro de si alguns lugares a destacar, por especial irradiação de energias telúricas e espirituais. Cito apenas alguns:

O Convento de Cristo e a Igreja Nossa Senhora da Oliveira, em Tomar; Braga; Porto (Ponte das Barcas) ; Sagres; Alcobaça; Fátima; Alenquer; Évora; Torre de Belém – Lisboa; Castelo de São Jorge - na Mouraria – Lisboa; Ruínas da Capela do Convento do Carmo – Lisboa, no Bairro Alto; a Basílica de Santo Antônio, berço do santo, ao lado da Sé, em Lisboa; Igreja de São Domingos – Lisboa (lembra a triste Inquisição).

13. Por toda a parte, moureja, de sol a sol, um povo bonito, multirracial e multiétnico.

Um povo cordial, ousado e hospitaleiro, criativo e colonizador. Ganha o pão com o suor de seu rosto e ainda tem tempo para sonhar e amar.

Uma grande caldeirão de povos, deu, como resultante, um grande povo.
Corre misturado e bem assimilado, nas veias dos portugueses, não uniformemente, o sangue Celta, Ibero, Visigodo, Lusitano, Judeu, Grego, Romano, Berbere, Árabe e outros mais. Portugal é uma síntese genial, bem articulada de povos e culturas.

É honroso poder dizer, de coração: nasci neste pedaço honrado de chão. Quem aqui nasceu tem cidadania global, se tem nas veias o sangue ancestral dos desbravadores dos oceanos e dos continentes.
Aqueles que só vêem negatividade, eu digo, como R. Tagore:
“Se choras por teres perdido o sol,
As lágrimas não te deixarão ver as estrelas”.

14. O Português foi talhado, através dos milênios, ao som dos tambores de infinitas guerras de ocupação do território, com o embate de múltiplas culturas, que foram sendo assimiladas em nova e criadora síntese. Foi um longo e duro aprendizado.
Esta condição deu, como resultado um povo aguerrido, cordial, rude e ousado, de profundos sentimentos de religiosidade e hospitalidade.

Este povo, segundo as mais autorizadas convicções fundadoras, foi talhado para cumprir uma grande missão na humanidade; uma imensa reserva moral que está gravada no inconsciente e subconsciente coletivo da nação. Os apressados dizem que isto é só parolice sem razão. Pois que digam. De tanto dizer, talvez mudem de idéia.
Para estes, o único bem que lhes basta é o pão na mesa e mais nada. Alguém disse que “nem só de pão vivem as pessoas”. Rasgamos esta página do Evangelho?!

O povo caracteriza-se por uma atitude paradoxal, entre alegre e triste, consequências dos sucessos, das lutas inglórias e dos filhos que perdeu, pelos quatro cantos do mundo e nas águas de todos os Oceanos. É o povo da saudade... Sempre. É um povo que canta a vida.
Portugal é um país sofredor, e só os sofredores sabem cantar... e celebrar.

Por toda a parte os açoreanos desfraldam a Bandeira do Divino: uma bandeira de igualdade, de fraternidade e de solidariedade. É a missão a continuar.

Nenhum comentário: