segunda-feira, julho 6

Colonização Portuguesa no mundo

COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NO MUNDO II
O Princípio das Alianças Compartilhadas 

J. Jorge Peralta

1. CONCEITOS FORA DE LUGAR

Portugal não tem por que temer denúncias, por qualquer colonialismo, muito menos por colonialistas selvagens e brutais. Tem que ser é muito agradecido e glorificado, com objetividade. Na história medem-se os resultados.
Não temos de buscar, no passado motivos para nos odiarmos, mas motivos para nos respeitarmos e prosseguir nosso rumo. O passado passou; o futuro nos espera
Erros? Empreendedor que não os cometa que atire a primeira pedra. Por outro lado, traidores e canalhas, fazem parte da fraqueza humana. Antes de afrontarem os povos colonizados, afrontaram a terra que lhes confiou uma missão que eles denegriram e traíram.
Também aqui o saldo de gente heróica e séria compensa os desmandos de alguns.
Alguns comentadores da história da colonização portuguesa, são tiranos hipócritas, disfarçados de liberais. Só vêem o lado negativo que, às vezes, também existiu.
“Não se fazem omeletes sem quebrar alguns ovos”, diz a sabedoria popular.
           
Daí vem o complexo de culpa. Os maiores colonizadores da história são difamados “enforcados” e “esquartejados”, moralmente, sem julgamento e sem defesa. Isto na segunda metade do século XX. É desonroso e trágico ver isto. Desonroso para os comentadores. Em vez de fazerem história, deturpam-na, fazendo proselitismo: fazem novelas de ficção.
A colonização não é um mal em si. É questão do que se fez, como se fez e quem fez. Afinal o que o leitor entende por “colonização”?! O que entende por “justiça”. Há equívocos a esclarecer. Estão conturbando o dicionário, distorcendo significados e trocando palavras...

O colonialismo é uma palavra com muitos conceitos, dos melhores aos piores: Que há de comum entre, o processo de colonização do Brasil, confrontado com  o fantasma do Rei Leopoldo, da Bélgica; a ação da Espanha no “Perú” e no México; a ação da Inglaterra nos EEUU ou na Austrália; a ação da França e dos EEUU no Vietnam; dos EEUU no Iraque; Etc. a ação da Itália em Avissínia; os ataques sangrentos da Holanda a terras brasileiras, a partir de Salvador, no século XVIII; os ataques repetidos e sangrentos  da Espanha a Portugal e à Itália; os ataques da França (Napoleão) a toda Europa; a 1ª e a 2ª  Guerra Mundial; etc, etc? Que há de comum com as crueldades que se multiplicam pelo mundo?! Nada.
Há muita cegueira a ser curada e revisada...Escrever ou ensinar a História também pode ser uma ação cruel.
Decididamente Portugal não faz parte deste clube de atrocidades, embora tenha seus pecados a purgar, como todos, mas, certamente, menos que todos, até proporcionalmente.... Nada a ver.
Lembre-se que Portugal tinha, no século XVI, menos de 1 milhão de habitantes... Foi tradicionalmente um país de alianças, sempre. Só fez as guerras  que não pode evitar.
Portugal sempre teve mentalidade cooperativa.  Buscava reciprocidades.


2. HISTÓRIA CONTORCIDA

A história da colonização portuguesa é muito digna para alguém à difamar. Quem fez mais e melhor que os portugueses? Os espanhóis? Pois vejam as atrocidades que cometeram. Leiam apenas, se quiserem, Fr. Bartolomeu de Las Casas e depois vejam se ainda têm palavras para acusar Portugal. Leiam as Atas da Inquisição de Lima, no Perú e terão a voz embargada. Precisa mais? Há muito mais fatos degradantes. Podemos colocar  as cartas em cima da mesa?!
Já consideraram todas as guerras de ofensiva que os castelhanos fizeram pela Europa e o sangue de irmãos que derramaram, para conquistar países soberanos, sem outros motivos que o ataque de subjugação? E o que fizeram os franceses, os ingleses, etc, etc. (Falamos da Espanha e da França, não por animosidades mas apenas como parâmetro). Quem tem uma trave no seu olho não queira desdenhar  de quem tem apenas, um agreiro no seu olho.
Foram melhor os ingleses? Digamos, nos EUA? Leiam a história. Onde estão os índios americanos? Que fizeram com os negros? Outros povos poderiam ser citados mas aqui basta. Não cabe a nós julgá-los.
E ninguém está aí se lastimando do passado! Queremos apenas equidade e lucidez de julgamento.

3. COMPLEXO DE CULPA

Por que são apenas os portugueses que se penitenciam: mea culpa. Esta é uma atitude superficial e hipócrita de alguns, como diz Jaime Cortesão.
Quem lhes meteu este complexo de culpa, na cabeça, sabia o que queria. Queria enfraquecer para dominar: enfraquecer o psiquismo e a auto-estima do povo! Isto é crime!!
Despertem senhores intelectuais! Vençam a omissão. Não deixem  a injustiça continuar a envenenar as novas gerações!

Que é isso companheiros?! Vamos parar com esse complexo de culpa. Não há culpa nenhuma a purgar. Isto é coisa para “pseudo-católico”, que não entende nada de cristianismo.  Em vez de serem servos da verdade, são escravos da mentira.
Quê culpa, quê nada... Para frente é que se anda!
Não nos fantasiamos de bode expiatório para carregar os pecados do mundo. Não somos sádicos. 
Do passado aprendamos as lições. Vamos adiante. Vamos construir um mundo  melhor, com mais paz, equidade e fraternidade...

4. RESULTADOS TRÁGICOS DA MANIPULAÇÃO

Foi com esse discurso maldito de culpa, imposto, pela garganta abaixo dos portugueses, que entregamos as “colônias” africanas, sem respeito nenhum, pelos portugueses que lá estavam e que foram abandonados no matadouro, junto com africanos e mestiços amigos que nos apoiavam. Estas são atitudes indignas, repelentes. Isto sim, é crime. Entregamos os territórios ao colonialismo soviético e cubano, que atuaram sob a máscara da liberdade. A liberdade de quem cara pintada?! Os traidores da África genuína saíram cantando vitória: Que vitória? Fomos mais uma vez enganados. Não o devolvemos aos nativos, que lutavam conosco.
Mas não cabe a Portugal esse complexo de culpa e sim a quem foi traidor e ainda hoje quer se justificar, apesar das evidências e do silêncio imposto (?!).

Portugal é um país digno e honrado e empreendedor, apesar dos erros de seus políticos das últimas décadas.
Os políticos podem ser de Portugal, mas não são Portugal. Os traidores amordaçaram e esquartejaram o país! O resultado está aí.
Foi engambelado o mundo e o próprio povo! Só agora se revela as verdadeiras intenções daquela gente traiçoeira, auxiliada por tanta gente sincera e leal e de boa vontade, que só hoje se sente traída, ludibriada...

Nego-me a aceitar que alguém aponte o dedo contra Portugal.
Até porque safados, corruptos e canalhas são parte da espécie humana, de todos os países.  
As hienas seguem os leões para tirarem proveito das sobras do banquete.
Lastimamos mas não assumimos os erros de crápula nenhum.
Eu, nem vocês, nem o povo português, não estávamos lá. Por que culpar-nos? Por que alguém vem assumir culpa que não tem, e se penitenciar, encabulado.

5. A HISTÓRIA, O GRANITO E A AREIA DO MAR

Já viram a Espanha, a Inglaterra, a França, a Bélgica, a Itália, a Holanda, etc, fazem o “mea culpa” e considerarem-se culpados?
História é história. Só a chora quem anda, voltado para trás. Esses não podem mesmo ir muito longe.
Da história dos homens devemos fazer dois textos: os feitos dignos e honrosos escrevê-los em granito, par a posteridade; os crimes e traições devem ser escritos na areia do mar...
Bem sei que esta discussão não interessa a muitos. Há sempre um outro lado e até interesses opostos em jogo. Mas justiça é justiça e injustiça é injustiça...
A pessoa precisa esclarecer que interesses está defendendo..., quando se manifesta.

Dialogo com pessoas de boa vontade, que quiserem ter razões, para sepultar de uma vez, este fardo que vai amofinando Portugal, hoje. Isto é injusto e maquiavélico. Não pode prosperar. Urge acabar com uma autoflagelação muito sádica que se propaga até nas escolas. (Veio no bojo de 25 de abril?).

Acaso conhecem a história de Portugal e da Europa desde a pré-história até os nossos dias? É um mundo de atrocidades. Invasões e invasões se sucederam.
Nossos antepassados tiveram uma vida trágica. A quem acusaremos?! A Roma, aos Árabes, etc? A ninguém. É história. Os crápulas não têm rostos. A terra já os fez pó.
Se choras por teres perdido o sol,
as lágrimas não te deixarão ver as estrelas”, diz Tagore.

6. RECUPERAR A ALTIVEZ
E A FEDERAÇÃO BRASIL-PORTUGAL

Então vamos agir e não chorar. Complexo de culpa?! Que é isso?!
Quem impôs esse “Complexo de culpa”, ao Portugal moderno, teve êxito. Foi um grande estrategista, embora crapuloso.
Foram bons semeadores de cizânia de que fala o Evangelho. Quem se apequenou foi Portugal, que aceitou a cizânia.

            Agora os próprios portugueses se degladiam, uns aos outros. Melhor: se auto-degladiam como culpados de crimes que nunca cometeram, e nem seus pais. É culpa muito bem forjada pelo inimigo!
            Assumir os erros dos canalhas, ainda que patrícios do nosso passado? NUNCA!
É complexo de otário. Que outros países aceitam debates deste nível?! Nem pensar... Quem gosta de carniça é o urubu...

Então, companheiros, desvistamos esse fardo de chumbo, essas veste de penitentes, e levantemos a cabeça e abramos os olhos.
Veremos que Portugal, na sua obra colonizadora, tem muitíssimo mais do que se gloriar do que erros para lastimar, que alguns cometeram.
São tão profundos os laços de civilização da colonização portuguesa que vemos com muito bons olhos e como viável e necessária a criação da FEDERAÇÃO BRASIL-PORTUGAL, quase nos moldes da UNIÃO EUROPÉIA.  Fortaleceria muito os países irmãos.

7. A GRANDE LIÇÃO DE VIEIRA

O P. Antônio Vieira fez violentas denúncias contra os desmandos de alguns portugueses canalhas. No entanto, por toda a sua vida, teve imenso carinho e respeito por seu país.
Os canalhas o perseguiram e o fizeram sofrer, mas ele nunca confundiu os crápulas com os portugueses sérios, leais e honrados, que tudo faziam pelo seu país.
Os canalhas passam mas o país continua. Outros canalhas virão, mas o país será sempre imensamente maior que todos eles.
O que precisa é de uma boa e séria educação que dê consciência e competência ao povo, ainda amordaçado.
Dos traidores diz o magnífico e sábio orador: “Não me fio desta canalha...”

Nota:
a) Se quiserem dialogar sobre estes assuntos, em diálogo aberto e digno,  estou às ordens, para ouvir e ser questionado. Será questão de agenda.
b) Este texto é redigido sob as luzes do Movimento Pacto Lusófono Mundial – PLM, < www.portaldalusofonia.com.br/pactoprincipios.html > buscando a verdade e a fraternidade possível.

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