segunda-feira, julho 6

Pátria Amada, Brasil

PÁTRIA AMADA, BRASIL

JPeralta

“Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil”
(Versos do Hino Nacional)


Caros amigos:

Transcrevo, aqui, o texto de minha resposta a um comentário provocador de uma leitora, ao meu artigo “Pátria Mãe ou Madrasta? Filhos ou Bastardos?”. O comentário provocador vem após cinco comentários de alto nível, dos quais destoou. Considero que provocador não é, necessariamente, ofensor.


Cara leitora

I
O CONCEITO E O PRECONCEITO
Um Chiste Fora de Lugar


1. A propósito de seu comentário ao meu artigo e por respeito aos meus amigos, apresento breve réplica, à sua manifestação. Analiso o comentário quanto à forma e quanto ao conteúdo.
Na minha opinião, aqui não é lugar adequado para zombarias. Se fosse estaríamos todos zombando uns dos outros. No trabalho não se brinca. Zombar de alguém, qualquer que seja o pretexto é crime de discriminação odiosa, principalmente quando o pretexto é externo ao texto. Zombaria foi recurso fácil muito, utilizado em circo, e em programas humorísticos. Aqui não é circo...
Hoje, pela lei vigente, isto é proibido, por ser odiosa discriminação.
Quem, afinal, brinca e faz chacota da realidade?!
Aprecio o acontecido, com objetividade. Não amo, nem condeno aqui o que você possa pensar ou sentir. Apenas analiso o seu texto e o seu aparente “aconselhamento” sádico.

Conceito básico: ninguém pode ser objeto de zombaria, seja qual for o motivo, cor, sexo, profissão nome, etc.
Os nomes de pessoas são delas. Ponto. As pessoas têm o valor pelo mérito de seu trabalho, vivências e conhecimento, não pelo nome que lhes deram, pelo sexo, cor ou classe social.
Nomes de pessoas são nomes Próprios e não nomes Comuns.
O significado de dicionário somente vale para nomes comuns. Quem confundir esta condição pode quebrar as pernas.

2. Veja: quando alguém tem o nome de GAGO, ninguém diz que ele gagueja; quando alguém tem nome de TRAVESSO, ninguém diz que faz travessuras, quando o nome de alguém é BÁRBARA, ninguém diz que é pessoa rude, grosseira, incivil; quando o nome de alguém é FALCÃO, não diz que é ave de rapina; quando é LULA, ninguém diz que é peixe.
Quem tal atitude tomar, em um espaço social, de respeito, certamente mostra falta de respeito, grosseria, rudeza, independentemente do nome que tiver.

Repito: as pessoas não se avaliam pelo nome que têm, mas apenas pelos seus méritos.
Todos e cada um prezam o seu nome: Eu prezo o meu nome, como você preza o seu, certamente.
Faz parte de nosso patrimônio herdado da família. Não o escolhemos. Nome é para ser respeitado, como sexo, cor ou classe social das pessoas.
Então se você não gosta do nome de alguém, é problema seu. Guarde sua opinião...
Não faça piadinha sem graça com o nome, sexo ou cor dos outros. É baixaria. Não lhe fica bem. O registro dos textos, neste espaço, não permite baixaria. Nem tirania.
Aqui não é um espaço humorístico. A “espada” com que feres pode te ferir.
Guarde as piadinhas para seus íntimos. Eles saberão lhe responder na hora. Ninguém é obrigado a levar desaforo para casa. Desaforo à distância é covardia.
Aqui não estamos para brincadeiras, muito menos brincadeiras de mau gosto. Não é Jardim de Infância, sabia?!

II
BRASIL, UM PAÍS ADMIRÁVEL
O Positivo e o Negativo


3. Quanto à minha opinião sobre o Brasil, aí você pode criticar à vontade, se eu tiver espaço para responder-lhe, no mesmo espaço. É questão de ser ou não ser democrático, ou tirano.
Há por aqui gente que só sabe o samba de uma nota só. Mas o Brasil, não é um samba de um anota só. É polifonia. É um país de muitas cores e não só de cor cinzenta, que é a que você destaca e parece a única cor que lhe traz interesse e estímulo.
É que também há gente daltônica. Temos de respeitar.
Note que não estou aqui fazendo a apologia de governos, de políticos ou de intelectuais, quem quer que sejam. Estou falando do Brasil; para além dos eventuais inquilinos dos Palácios dos Governos.
O meu Brasil, minha cara, tem, sim, essa cor cinzenta de que você gosta de falar e proclamar. É real. Falo também isto no texto que você comenta. Mas tem muito, muito mais do que esta cor.
O meu Brasil é um país de todas as cores em profusão, de todos os sons e todas as imagens. É um Brasil fraternal e sem preconceitos
É até tolerante com todas as ideias que dele queiramos fazer. E é até complacente...
Eu aprendi a olhar todas as cores, de todos os lados, ouvir todos os sons e todas as imagens. Aprendi a pesar cada coisa que vejo, boa, ótima, má, péssima...
Os míopes e os daltônicos psíquicos não conseguem enxergar tanta pluralidade.
Eu uso uma balança de dois pratos. Coloco o que é bom e ótimo, incluindo o regular, num prata; no outro o que é mau e péssimo.
É assim que vejo os méritos deste país que admiro de paixão, apesar dos calhordas; sem patriotadas. Com realismo. Este também é meu país.

4. Cara leitora,
Se você ainda pensa que realçar e propalar o lado Negativo do Brasil lhe dá pontos, se é mercenária, é bom repensar e reavaliar suas posições. Abra os olhos. Não use viseira.
Você diz que falar bem do Brasil é criar uma fantasia, fora da realidade. Só a sua miopia pode assinar tal afirmação. O lado bom do Brasil só os cegos não vêem.
Que descoberta espantosa e trágica, se fosse verdadeira! Felizmente você está inteiramente equivocada. Precisa tirar as viseiras que alguém lhe impôs. Liberte-se! Pense!

Certamente, muita gente pensa como você, mas muito mais gente séria tem a mais alta estima por este belo e promissor país, que todos queremos melhor; muito melhor!
Apesar das campanhas negativas que se fazem pelo mundo, o Brasil, para além seus seríssimos problemas, sempre lastimáveis é respeitado e amado nos quatro cantos do mundo. Se não fosse a atuação de tantos calhordas e corruptos, o Brasil seria imbatível em beleza e em hospitalidade.
A meu ver o Brasil já vai descobrindo, a duras penas, seu lugar privilegiado no concerto das nações.
O Brasil se não fossem seus detratores e canalhas, já seria o terceiro país mais desenvolvido e de mais cultura e bem-estar.
E quanto aos reais e visíveis problemas?! O que você está fazendo para que seu país seja mais igualitário, mais justo e solidário e tenha mais trabalho e bem-estar para todos, com uma educação de real qualidade?!
O que você está fazendo para extirpar os canalhas, os achacadores, os corruptos, os trapaceiros, etc, etc?! Falar é mais fácil do que fazer, não é?!
Amiga, releia o texto originário desta polêmica e você verá que o seu comentário é puro preconceito e não tem nada a ver com meu texto.
A maioria das pessoas sabe ver os dois lados da realidade brasileira: o Positivo e o Negativo. Veja: de seis comentários do texto em pauta, só o seu foi ludicamente negativo.
Agradeço a participação de todos: do Edson Pelé, da Miriam Sales, do Arnaldo Norton, do Rogério e o seu.

5. No meu artigo, que, claramente você não “leu”, (ou leu com óculos escuros), procuro deixar claro que existem os dois lados da balança a serem apreciados. Não se vive só de auto-estima nem só de malquerença. Você leu “o contrário” do que eu escrevi. Você tentou sobrepor o seu texto sobre o meu e não leu o meu; leu o seu.

O Brasil é como o modelo taoísta ing/yang: nem tudo é de todo mau nem de todo bom. Ou como diz a sabedoria popular:
“não há mal que não se acabe,
nem há bem que sempre dure”.

Na minha opinião, o Brasil não é um país para “daltônicos, míopes ou surdos”, em termos políticos ou morais. Este é um país plural por natureza, como todos os países. Nosso olhar tem de ser plural e sem preconceitos prévios.
Na vida, faz bem admirar o que merece ser admirado; o desprezo sempre constrange e incomoda.
Aprendi que devemos acatar o 4º Mandamento: “Honrar pai e mãe”. Considero que o 4º Mandamento se aplica à Pátria: honrar e defender sempre o seu torrão natal é obra de cidadão.
Aprendi também que
“em rio de piranhas, o jacaré nada de costas”, mas não deixa de nadar.
Fico contente porque os leitores, do meu texto não ficaram indiferentes.
Com isto, encerro a minha réplica.

Nota: Aqui sigo o ideário do Movimento “pacto Lusófono Mundial” – PLM <
www.portaldalusofonia.com.br/pactoprincipios.html >

Nenhum comentário: