A ARTE MUSICAL E A INCLUSÃO SOCIAL
J. Jorge Peralta
A arte musical, como estratégia de inclusão social, também nas periferias das grandes cidades, começa a tomar corpo em alguns países, entre os quais, o Brasil.
Que todos os países sigam o exemplo.
As escolas ou grupos das comunidades, poderiam desenvolver projetos de inclusão social, desenvolvendo projeto de educação musical, em horário extra, durante a semana, ou aos sábados, devendo preparar os alunos para participarem de eventos, devidamente acompanhados pelo órgão estimulador, que poderia ser o governo, talvez com participação de empresas mecenas/madrinhas, ou como ação independente, na linha do voluntariado.
Está na hora de o país despertar para a arte, como estratégia de inclusão social e auto-estima da comunidade.
Pequenos grupos de cantores ou pequenos grupos sinfônicos podem surgir por toda a parte.
A inclusão social pode ser estimulada de modo adequado, por muitas modalidades artísticas: pela música, dança, pintura, escultura, artesanato, etc.
As Olimpíadas de 2016 vêm logo aí. Precisamos preparar as pessoas, adultos e jovens, para esse grande desafio de mostrar ao mundo, um país, rico em território e mais rico pela criatividade e desenvolvimento humano dos cidadãos.
Aqui falamos especificamente da Educação Musical como estratégia de inclusão social. Da música como fator de promoção humana e instrumento de paz e solidariedade no país.
A música leva mais luz e esplendor a qualquer ambiente humano. Cantar é compartilhar vozes e atitudes.
A educação musical, feita na Comunidade, educa a sensibilidade do povo, que é o primeiro consumidor do produto “Educação Musical”.
Muita gente pode dar algumas horas por semana para um projeto desta natureza, como trabalho comunitário.
- Queremos que o País seja muito mais do que o País do Futebol, o País do Carnaval, o País do Pantanal, o País do Sol e o País das Águas.
- Queremos que o País cresça, na ciência, na tecnologia, na eficiência de seu povo e na qualidade de vida de todos, através do desenvolvimento sustentável, que respeita a vida e a natureza.
- Queremos que o País brilhe em iniciativas de arte musical, como meio de democratização da cultura e do bom gosto e da competência de harmonias sonoras e coloridas...
- Queremos que o País brilhe, ante toda a humanidade global, como um país de mais justiça social, com menos corrupção, menos ignorância, menos mentira, menos arrogância, menos criminalidade e mais solidariedade e prosperidade cultural e econômica.
Precisamos saber que, sem cultura e sem arte, ao par da punjança econômica, o país não terá desenvolvimento orgânico e equidade social. Um progresso desumanizado é insustentável.
Será uma prosperidade sem alma.
Sem cultura e sem arte, o progresso econômico produzirá uma sociedade cada vez mais desequilibrada e desigual, sem segurança e sem paz social.
A inclusão social, sem cultura e sem arte, não tem futuro.
Talvez reproduza apenas uma sociedade sem equidade, uma sociedade repressora, gananciosa, cruel e injusta.
Ao lado dos campeões do futebol, do carnaval e de nossas riquezas materiais e paisagística, precisamos produzir campeões de cultura e da sabedoria que saibam apontar os caminhos da justiça, da equidade e da paz. Então cada um poderá ser senhor do próprio destino, sendo competente e dedicado ao trabalho produtivo, criando uma sociedade sem parasitas e sem opressores: uma sociedade de gente livre e solidária, onde a alma da gente tem mais valor.
Ao levantar, aqui, a bandeira da Arte Musical como Estratégia de Inclusão e Equidade Social, alio-me ao nosso grande pianista e grande intérprete de Bach, João Carlos Martins, regente da Bachiana Filarmônica e autor e incentivador de projetos de inclusão social através da música, da grande alma brasileira.
Diz João Carlos Martins: “a Missão do Músico deve atingir as periferias das nossas cidades, que pouco convivem com o maravilhoso universo da música”.
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