IBERISMO SOLIDÁRIO É POSSÍVEL?
Solidariedade de Povos Soberanos
sem “Cavalo de Tróia”
J. Jorge Peralta
I – UM IBERISMO PLURAL É POSSÍVEL?
1. Um Iberismo sadio e pluralista seria todo o movimento e iniciativas sustentáveis para criar uma solidariedade ibérica de povos soberanos, como proponho a seguir. Que a Espanha, (Governo de Madrid), dê sua prova de boa vontade e lealdade, começando por respeitar as línguas da Galiza, da Catalunha, dos Bascos, etc. Sem isto não haverá credibilidade possível.
Portugal e Brasil abriram espaço nos Currículos Escolares para ensinar a Língua Castelhana. A Espanha e os Países de Língua Castelhana comprometeram-se a fazer o mesmo, com a Língua Portuguesa, em seus Países. Como está funcionando este compromisso do lado da Língua Castelhana? Qual é o verdadeiro objetivo ou o real ganho mútuo deste acordo? Há algo oculto, politicamente?! A lealdade é essencial... Sempre.
Quem quiser se informar sobre como os espanhóis (castelhanos) anexariam Portugal, observe o paradigma trágico de Olivença, no indicado na sequência 1, acima:
2. Nós acreditamos e pugnamos por uma real e digna União dos Povos Ibéricos – UPI <http://globilingua.blogspot.com/2008/03/organizacao-dos-povos-ibericos.html>, respeitando a soberania de cada um. Acreditamos que os povos devem ser solidários, em causas justas.
Este é o verdadeiro e desejável Iberismo, livre da prepotência de alguns e de certas falácias orquestradas para dominar os incautos.
Somos, no mínimo, 8 (oito) povos ibéricos que comporiam esta UPI: Portugal, Galiza, Castela, Catalunha, País Basco, Andaluzia, e outros, que não cabe a mim especificar. (Ver: <http://globilingua.blogspot.com/2008/03/organizacao-dos-povos-ibericos.html>
4. Há uma certa mentalidade perversa nas pretensões anexionistas e nas campanhas subreptícias orquestradas, por “amigos” do país vizinho, em Portugal, ou por alguns portugueses em busca de vantagens pessoais. Esta foi também a estratégia de Filipe II, no século XVI. Pense que o povo não é bobo! E não é.
Querem talvez facilitar o entreguismo, de uma geração que viu triunfar o consumismo imediatista, de precários princípios, que, aliás, já vai sendo superada, na sábia dialética da história. Não podemos estimular antagonismos divisionistas, mas sim incrementar o respeito mútuo e plural. União Ibérica é conversa de retrógrados...
União Ibérica, Jamais...
Ou, como diria Agostinho da Silva:“Nunca mais se deve falar na questão de unir a Espanha e Portugal”.
II – LUSOFONIA COMO POTÊNCIA
5. É desejável um Iberismo plural e solidário, desde que não seja um novo Cavalo de Tróia, como alguns pretendem. Desde que em nada conflite com a Solidariedade Lusófona Mundial, que é o grande objetivo atual dos Povos Lusófonos. Este é o grande pressuposto a explicitar e que muitos querem silenciar. Entre os nossos, na nossa mesma Língua, entendemo-nos melhor.
Não esqueçamos que os Povos Lusófonos são a terceira maior potência linguística do Ocidente. Ninguém pode tentar abalar, impunemente, uma força destas dimensões.
Nosso lema: “Lusófonos de todo o Mundo, uni-vos”.
Nota: Este texto vem a propósito da notícia publicada pelo MIL:
<http://mil-hafre.blogspot.com/2010/11/da-uniao-iberica-logica-da-batata.html>
<http://mil-hafre.blogspot.com/2010/11/da-uniao-iberica-logica-da-batata.html>
Leia mais:
- Os Desiludidos da União Ibérica
http://tribunalusofona.blogspot.com/2010/12/os-frustrados-da-uniao-iberica.html
http://tribunalusofona.blogspot.com/2010/12/os-frustrados-da-uniao-iberica.html
- Olivença, um Paradigma e uma Advertência
- Lusofonia e Espanofonia – Línguas Soberanas – Caminhos Divergentes
- Organização dos Povos Ibéricos
- Portugal, Galiza e a Lusofonia
http://tribunalusofona.blogspot.com/2009/09/galiza1.html
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