domingo, janeiro 27

poema camoes e vieira

VIEIRA E CAMÕES
OS AVALISTAS DA LUSOFONIA.

J. Jorge Peralta
Diz-nos Pessoa que nossa pátria é a Língua Portuguesa
Uma pátria de muitos países, povos e nações
Uma pátria lusofônica, multiétnica, multinacional e multicultural
nos quatro cantos do mundo sediado.
Esta é uma realidade fantástica
que a todos engrandece e espanta,
nosso coração aquece e nossa força rejuvenesce.

Camões e Vieira são símbolos vitais
de nossa cultura e de nossos ideais.
 Ao lado de Pessoa, Eça, Antero e  Drummond,
Rosa, Gonçalves Dias, Castro Alves e Rui Barbosa,
estamos ladeado por uma plêiade imensa de imortais
das ciências, das letras e das artes,de todo o espaço lusófono procedentes.

São símbolos vitais da nação lusofalante:
e a  Torre de Belém e o Mosteiro da Batalha,
A Catedral de Brasília e o Cristo Redentor
E mais uma lista que não se acaba,
na Europa, na Ásia, nas Américas, na África,
no Oriente e no Ocidente.
Onde quer que haja uma comunidade Lusofalante.

São relicários de nossa auto-estima
E do orgulho nacional, lingüístico e cultural.
São obras monumentais, para honra e glória de nossa gente.
São fortes agentes da unidade e da solidariedade nacional,
e de toda a lusofonia.

Camões e Vieira são os avalistas da lusofonia,
desta comunidade imensa de pessoas de muitas etnias.
É uma “pátria” irmanada num idioma culto e belo,
a Língua Portuguesa, nosso veículo de comunicação,
de pensamento, de sentimentos e de ação.
É nossa pátria, nosso chão.

VIEIRA E CAMÕES
UM PINÁCULO PARA OS IMORTAIS.

Camões foi um poeta guerreiro e navegante
que a sua língua e a sua pátria imortalizou
com sua arte, suas vivências e seus ideais. 
Foi o cantor das glórias de seus ancestrais.
Das glórias e percalços
da lusa gente de sempre,
dos lusofalantes,
perpetuando-as de geração em geração,
sempre tomando novos significados, em novas dimensões.
Os Lusíadas é um monumento linguístico cultural,
de ouro e marfim, talhado em granito.

Os Lusíadas é uma jóia rara e preciosa,
incrustada na alma,
no sentimento e no rosto de nossa gente.
É o livro símbolo da nacionalidade, da grande pátria lusofalante.
É uma bandeira tremulante, na nossa estante e na nossa mente.
É um navio que navega, por mares encrespados ou tranquilos,
rumo a seu superior destino, pelos “deuses” traçados.

Vieira foi um guerreiro do humanismo,
um navegante dos sete mares;
um homem de sete partidas.
Nos Sermões, defendeu as grandes causas da humanidade,
do humano ser, da humana convivência,
e da humana dignidade, para além de castas e etnias.
Defendeu sua pátria contra os invasores holandeses
e contra os vendilhões de todas as raças.
Defendeu o direito dos excluídos, numa sociedade plural.
Defendeu uma fraternidade vital.

Vieira defendeu o Quinto Império, espaço de harmonia inter-étnica,
de fraternidade e de paz universal.
Um sonho profético.
Foi um peregrino, por destino e por missão.
Por toda a parte distribuiu suas palavras
de estímulo e de engrandecimento aos seres humanos.
Compartilhou sua sabedoria, entre gregos e troianos.

Camões com seu Lusíadas e Vieira com seus Sermões
são personagens símbolo e reservas morais de nossa nação.
Têm um pináculo garantido,
na alma e no coração da lusofonia.
No Promontório de Sagres, espaço sagrado
e altar da nacionalidade,
onde todos os heróis de verdade, da lusofonia,
têm místico e esplendoroso monumento invisível.
Aí, o granito e o bronze são feitos de linguagem e de ideais.
Aí  estão, gloriosos e de louros coroados
nossos mestres inquestionáveis: Vieira e Camões,
são símbolos de nossa unidade e de nossa confraternização.
São luzes que iluminam os caminhos das atuais e futuras gerações.

Camões é para todo o sempre,
afeito a lutar, por mar, e por terra,
no Oriente e no Ocidente.
Foi o cantor símbolo de sua pátria e de sua gente.

Vieira, um luso-afro-brasileiro,
é o símbolo da universal lusofonia,
nos quatro cantos do mundo implantada.

Camões e Vieira, seguidos de
Fernando Pessoa e de outros mais,
são a luz que brilha e ilumina
todos os espaços lusófonos,
dando-lhes mais fraternidade e vida.


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