terça-feira, abril 12

Educação, desenvolvimento

EDUCAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, CIDADANIA E INCLUSÃO
Diálogo Internacional

José JPeralta

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Firmar os  Eixos Articuladores

Desde a segunda metade do século XX, o Brasil vem sendo reconhecido como uma potência mundial, em termos econômicos. No século XXI vai se firmando. Não é assim, em termos culturais, nem humanos, nem educacionais. Mas pode ser, se soubermos querer, e se certos “controladores” o permitirem.
Em belezas naturais e potencialidades geofísicas talvez seja a primeira potência do Globo.  Há mais de duzentos anos o Brasil é olhado, pelo mundo, com muito respeito, por seu potencial. Mas esta vantagem nós a herdamos.  Precisamos saber administrá-la.
O país é uma grande esperança do mundo.  Mas a esperança deve estar alicerçada em uma prática sólida e consistente, sem manipulação política. Somos,  histórica e psicologicamente, o “País do Futuro”...Sem deixar de ser o País do presente.

Pouco importa nossa grandeza continental e nossos imensos recursos naturais, se não soubermos colocá-lo a serviço do bem-estar geral, sem desperdiçar, nem deixar comprometer o futuro, com ações inconseqüentes.
Somos um povo muito belo; talvez por isso, esteja despreparado para lidar com tanta violência, virulência, selvageria e corrupção de alguns.
Isso é questão para quem faz do dinheiro o seu maior galardão. O Brasileiro genuíno não tem essa mentalidade, em sua constituição mental.

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Formatando o Grande Ideário Nacional

Apesar de tantos sonhos, nossos “intelectuais” fracassaram, em sua missão. O nosso IDH está em péssima classificação, no ranking dos países mais desenvolvidos. Há por aqui muita falação, muitos donos do saber, mas poucos sábios; pouca ação eficiente e débeis resultados. Fala-se muito sem dizer nada, como os encantadores de serpentes (!).
É preciso estudar e se dedicar mais, antes de falar coisas inconsistentes e triviais, como se fossem dogmas inquestionáveis. Nossa fala tem de ser afetiva e efetiva... Tem de ter compromisso com nossa atuação.

As novas gerações conhecem muitas coisas, mas é conhecimento muito fragmentado, sem princípios. Quem fala em princípios? Têm dificuldade para articular ideias, e encontrar os eixos de nossa civilização. Falta-lhes cultura. Falta-lhes o “ponto de apoio”, o ponto articulador. A super informação leva à super desinformação.
O Brasil precisa de um grande e novo ideário nacional, apartidário,  que atenda às necessidades básicas de toda a nação, a partir da cultura e da educação, passando pela política, pela advocacia e profissionais da informação, para criarmos uma nação educativa, em todos os seus escalões. O nosso grande ideário atenderia às grandes aspirações comuns do subconsciente coletivo da nação, que se consolidaria em um programa básico de ação. Atenderia  também à diversidade de uma sociedade múltipla e plural, evitando a intervenção das velhas raposas que têm o “dom” de tudo conturbar, embolando o meio de campo, para nada prosperar.
Não podemos deixar de citar e de contestar  os que engendram ações deletérias em nossa civilização, por fazer parte do nosso cotidiano.
A partida seria dada pela sólida formação do pessoal, e teria modelos paradigmáticos de atuação.
O nosso novo Ideário Nacional seria formulado a partir das forças motrizes que marcam nossa tradição multissecular de vida e busca da prosperidade, na convivência de efetiva solidariedade. Seria um ideário  fundamentado e justificado na perspectiva humanista, filosófica e na história, sem copiar ninguém e sem importar modelos que não condizem com nossa realidade.
O problema da Educação no Brasil não é falta de ideários. Precisamos apenas criteriosamente verificar que os ideários em voga têm resultados desastrosos. Precisam ser descartados e substituídos por outros não contaminados por políticas oportunistas. Precisam ser submetidos a uma séria e consistente crítica. Precisamos superar o egocentrismo, consumista e deletério, que ronda os melhores projetos. Precisamos difundir  o princípio da alteridade com solidariedade.
Neste ponto, a Tetralogia Analítica pode nos abrir novas, saudáveis e eficientes perspectivas.

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O Fulcro na Educação, com Inclusão

Não basta acumular informações. Precisamos aprender a pensar para aprendermos a viver. As pessoas precisam saber pensar e ter parâmetros, a partir de alguns eixos articuladores.
No Brasil há imensas perspectivas de um grande futuro. Parece que um mundo novo está nascendo, enquanto outros países já estão entrando em decadência. Estão no sol poente enquanto estamos no alvorecer.
Aqui vale a alegoria de um dia em que o sol da manhã vai raiando trazendo esperança de vida. Há muita gente de imensa boa vontade  e sabedoria. Há muitas e ótimas experiências brilhantes, mas isoladas.
O Brasil bem ou mal, ainda tem trabalho e ainda tem poesia. Amanhã pode ter mais prosperidade, com mais qualidade de vida. Resta uma esperança; muita esperança. Precisamos sair em campo para atuar, sem esperar a acomodação se alastrar.

Mas o Brasil precisa também de escolas, com bons e responsáveis professores; precisa de um meio ambiente saudável; precisa de saúde e segurança; precisa de advogados e juízes que promovam a justiça, com responsabilidade social, em vez de se perderem em artimanhas e maracutaias.
Precisamos de políticos dedicados ao bem público, em vez de buscarem se apropriar dos bens públicos e muito mais. Precisamos de gestores sérios, dedicados e competentes e não de golpistas.
A Educação séria e competente é o grande veículo de inclusão social, inclusão cultural, inclusão científica e tecnológica, inclusão laboral e familiar.

Se não formos capazes de formar professores de caráter, competentes, dedicados, simples e responsáveis, com compromisso social, a educação da infância, da adolescência e da juventude serão um pavoroso fracasso, incontrolável, como já vem acontecendo por toda a parte. Mas se o resultado for positivo, o país seguirá firme, rumo a seu grande futuro.
A educação, como principal veículo de inclusão social, pode tornar-se mais um novo fator de exclusão cultural, se a sociedade não se precaver, com muito cuidado. Escola que não consegue educar, deseduca e deixa a sociedade sem opção. Isto já começa acontecer a olhos vistos.

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Foco no Desenvolvimento Humano

Nosso IDH precisa sair da escuridão da falta de luz, no túnel, onde trancaram a educação, a qualidade de vida e o bem-estar.
Precisamos de novas ideias criativas, sólidas e consistentes que possam colocar o IDH mais próximo de crescimento econômico. Do 7º ao 70º lugar vai uma distância lamentável. A nossa economia é a 7ª do mundo mas, no IDH, estamos num lastimável 78º lugar...
Precisamos dar mais atenção à Educação, à cultura, à segurança, ao trabalho e ao bem-estar social, com um povo menos dependente, alimentado por políticas paternalistas.
Nosso empresariado é muito mais eficiente do que nossos educadores, sociólogos, nossos comunicadores/jornalistas, nossos advogados e escritores. Nosso país precisa  de mais educação, mais poesia, mais filosofia e mais cultura, para saber pensar e saber agir. Precisa de mais educação para a cidadania. Mas precisa também de sólidos estudos científicos e tecnológicos.
Precisamos de mais educação ética e cívica que leve à responsabilidade social de cada cidadão.
Mais faz um barracão com bons professores do que um prédio suntuosos com maus professores, ou com professores desmotivados e despreparados.
Precisamos de professores mais competentes e compromissados com o desenvolvimento social, com gente mais educada.
Precisamos recuperar o tempo em que os professores eram pessoas venerandas e reverenciadas...

Alto crescimento econômico, sem desenvolvimento humano, sem uma  educação de qualidade, voltada para  formação cidadã, com responsabilidade social, alteridade e solidariedade efetiva, deixa o país capenga; falta a pena-guia, em uma das asas; voa, mas com dificuldade e desequilibrado.



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 Um Foco de Empreendedor: Foco nos Resultados

Nossos empresários têm um foco muito claro em seus empreendimentos. Sabem o que querem, como, por quê e para quê querem e aonde querem chegar; sabem as etapas a superar e os critérios  a seguir. Têm objetivos e metas claras.  Sabem até onde vai a análise conceitual e onde começa a estratégia da ação produtiva.
A maioria de nossos educadores, filósofos e políticos são livres atiradores; são hábeis em balas perdidas... É urgente equilibrar  este quadro decadente e frustrante. Provocamos reações sem medir conseqüência.
Nossos responsáveis pela educação da nação perdem-se em questiúnculas de autopromoção e em grande dispersão. Pensam mais em fazer política do que na nação.
Muita da nossa educação está na mão de pessoas que mais pensam nos resultados financeiros e está na mão de perdulário, tanto no setor público como no particular. É questão de enfoque.
Muitos apenas querem rechear o seu currículo e os comunicadores querem impressionar, com suas notícias e comentários, sem se importar com os resultados.
Estamos entre os países de grande potencial emergente, em economia, mas somos um país submergente, na educação e condições de vida para o povo. Péssima notícia! Estamos nos enganando e enganando a nação.
Que futuro  poderemos esperar deste quadro negro?!

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Economia e Educação

A economia é importante mas o mais importante é a educação da nação; é a cultura consistente e a competência cidadã, sem se descuidar da economia. Economia e Educação caminham lado a lado, como os dois braços do desenvolvimento.
Nossos educadores, sociólogos e comunicadores há muito perderam o foco. Não têm mentalidade empresarial. Não sabem que devem procurar resultados e nem, que resultados se esperam deles. Perdem-se no financeiro e em muita falação, sem estudo e sem reflexão. Falam para a platéia, buscando aplausos e não soluções.
Não sabem que estão, no seu trabalho, para fazer algo mais do que falar e garantir o caixa. Estão ali para formar cidadãos conscientes, competentes, responsáveis, solidários e atuantes.

Precisamos de Professores de Escola, competentes e dedicados.
Uma escola competente é aquela que é um espaço educativo, pensado para a  pessoa integral: um ambiente agradável e acolhedor que ofereça educação conceitual e experimental; que ofereça artes, música instrumental e coral; educação física e alimentar; que cuide do relacionamento grupal e da reflexão individual; que oriente  o estudo e o entretenimento. Mas tudo com controle de qualidade e responsabilidade social. Precisamos de  quantidade, mas sempre com qualidade. Esta é essencial.
Escolas suntuosas não podem camuflar a debilidade da Educação. O essencial na educação é a qualidade e o compromisso social, de professores motivados e bem preparados em nível psíquico, social e intelectual.
Precisamos nos reanimar com o provérbio popular:
Não há mal que não se acabe, nem bem que sempre dure”.
Podemos acrescentar: não há bem que não possa melhorar ou piorar , nem mal que  não possa piorar ou melhorar. Não podemos nos acomodar.
Que  isto nos motive a atuar com persistência e qualidade.

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 Padrões de Qualidade em Educação e Cultura

padrões a alcançar e a respeitar, mas muitos educadores os desconhecem! Todos temos  medo de dizer o que precisa ser dito, pois pode não ser  “Politicamente Correto”!! Então falseamos a verdade e simulamos situações! Projetos sérios nem sempre têm vez. Um bom relatório vale mais que a boa educação. A nação precisa daquele, mas que não falte esta.
Nossos educadores e nossos formadores de opinião precisam ensinar e estimular as pessoas a pensar e a serem criativas. Precisam desenvolver seus talentos, em perspectiva holística.
Precisamos perder o medo de pensar grande e dizer o que o outro precisa ouvir para ser uma pessoa consciente e atuante, pelo bem-estar das pessoas, numa sociedade sem parasitas predadores.

Precisamos abrir um grande debate nacional para tentar saber por que somos um país tão avançado, economicamente, e tão atrasado no seu IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.
Por que o nosso país, em educação, no ranking mundial, está entre os mais atrasados e mais frágeis?!
Prosperidade econômica, sem educação de qualidade, cria um país precário: de corpo avantajado, cabeça pequena e caráter minguado; um país à mercê dos gananciosos exploradores globais. 
Sem melhorar o seu IDH, os Governos do Brasil são um fracasso. Fracassam no essencial.

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Educação para Inclusão ou Exclusão Social?!

Os empresários da educação, os formadores de opinião, e os  educadores, estão mais focados nos resultados econômicos do que na formação de cidadãos.
A nossa escola, em nível Fundamental e Médio, está bem sucateada, por falta de condições de trabalho,  por falta de segurança e respeito, por falta de competência, ou por um sistema falseado.

Na Universidade, estamos diplomando mais gente arrogante e presunçosa, que, às vezes, só serve para atrapalhar, do que gente consciente, competente e responsável, capaz de contribuir para a construção de uma nação e de um povo, com mais qualidade de vida, mais consciente e mais responsável, solidário e cordial.
Decididamente a Universidade não está no bom caminho. A Universidade que não ensina os alunos a pensar, com responsabilidade social, é uma Universidade decadente e frustrante.
Afinal, a escola é ou não é o motor propulsor do desenvolvimento social? Que desenvolvimento?! Que entendemos por desenvolvimento?
Seria muito honroso se alguém viesse me provar o contrário, sem argumentos falaciosos, de que o país já está cansado.

Desenvolvimento econômico sem desenvolvimento humano é apenas um grande fracasso mascarado. É como um grande carrão numa casa, sem água, sem luz e sem fogão. Estamos formando arrogantes e sádicos diplomados? Ou queremos formar cidadãos?!
Que cuidado e atenção existe no MEC ou nas Universidades em relação a Qualidade de Ensino e Formação de cidadãos?! Que cidadãos?!
O noticiário Diário no Brasil e no mundo, está repleto de malvadezas: corrupção, irresponsabilidade, deslealdade, malandragem e falsidades.
Podemos começar a pensar  que dignidade, lealdade, dedicação e responsabilidade são sempre questões obsoletas, fora de moda.
“De tanto ver triunfar a nulidades,
(...) o homem  tem vergonha de ser honesto”,
Assim dizia o grande Mestre Rui Barbosa.
Fiquemos tranqüilos. A humanidade procura ética e dignidade, às vezes calada e atônita.


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O Humano Universal

A Globalização cultural ajudou as pessoas a romperem com os  limites de seu modo de pensar o mundo e de sua visão da vida.
Nos últimos quarenta anos todos aprendemos a aprender com todos, de todos os recantos da terra.
Ninguém, hoje, pode se arrogar ser detentor do monopólio da cultura, da filosofia ou da religião.
A nossa civilização greco-romana, indo-européia e cristã, vê e sabe hoje, com muita clareza, que tem muito ainda a aprender com os africanos,  com os Pensadores do Oriente da Índia, da China,  do Japão. Temos muito a aprender com os pensadores islâmicos e judaicos. É questão de saber selecionar o que pode nos ajudar a superar nossa desumanização do mundo, dito capitalista.

Nosso mundo tem muito de brutal, cruel, selvagem e bárbaro. O Mundo Oriental e Africano não menos. Mas nem só de selvageria vive  o Ocidente e nem só de sabedoria vive o Oriente. Cá é lá, há valores extraordinários a aperfeiçoar e a preservar. Lá e cá temos muito a aprender.
Podemos então aprender uns com os outros.
Se nos unirmos pelo que temos de sabedoria, seremos capazes de superar toda a tirania brutal e selvagem, sem subserviências econômicas.
Nunca podemos misturar sabedoria com regimes políticos ou econômicos.

Quantas lições podemos aprender dos sufistas islâmicos? Quanto podemos aprender do budismo, do shintoísmo, do bramanismo, do cristianismo?
Quanto podemos aprender das grandes  encíclicas papais e episcopais? Quanto podemos  aprender de Dalai Lama, Martin Luther King? Quanto podemos aprender de Rabindranath Tagore, de Krishinamurti e de tantos outros? Quanto poderíamos aprender de um Fritjof Kapra, um cientista que pode nos ajudar a fazer  uma grande síntese da ciência e da sabedoria?
São pensadores que estão à nossa mão e muito podem nos ajudar a superar nossa arrogância de monopolistas da ciência e da sabedoria universal.
São movimentos e pensadores  que ajudaram a dar novos rumos ao mundo, e pensaram o homem universal integral, em seu físico e em seu espírito.

São instituições e pensadores sábios. Precisamos aprender  a observar o mundo todo, com muita atenção, e auscultar os sonhos humanos de liberdade, consciência, dignidade e plena auto-realização.
Nosso problema é que temos  muitos cegos guiando cegos! O resultado é desastroso!
A desigualdade entre os humanos, a insegurança de todos,a insustentabilidade das ações de muitos, devem preocupar a todos.
Democracia, tirania, monarquia, são regimes que precisam ser repensados a cada  dia para preservar a justiça e a dignidade humana.
Nosso grande problema não está nos regimes, mas nos gestores.
Gestores, professores, políticos, empresários, pensadores, religiosos, médicos, advogados,  arquitetos e urbanistas, precisamos repensar sempre o que podemos  fazer por um mundo mais sustentável e mais justo, com mais solidariedade responsável.
Precisamos pensar como fazer para que todas as instituições e espaços sociais, tenham a sua dimensão naturalmente educativa, representando paradigmas, onde as novas gerações possam se espelhar naturalmente e se desenvolver.

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Por uma Escola Consciente, Competente e Atuante

Nosso país precisa criar um ambiente favorável a uma mudança de paradigma. Falação inconsistente de farsantes precisa ser substituída por quem sabe pensar e fazer. Há muita gente criando teorias mirabolantes, como quem constrói  belas casas na areia, sem alicerce.
Sem garantir o desenvolvimento humano, nosso desenvolvimento econômico é um fracasso. Estamos criando um país capenga.
Ao lado de ilhas de grande desenvolvimento, temos um oceano de cidadãos precários, descartáveis(?!). Que inclusão é esta?!
Só seremos um país desenvolvido de fato quando um mínimo de 75% da população for servida por uma educação criativa e de qualidade, que ensine a pensar e não somente a arquivar conhecimentos desconexos e desarticulados. A meta tem de pensar  sempre em 100% da população.
A partir de um denominador comum, universal, propostas pelas resoluções da ONU/UNESCO e de outros documentos de alta credibilidade, precisamos  definir o tipo de cidadão do nosso país e do mundo que queremos formar. Precisamos saber o que é essencial na atividade educacional e quais os princípios e estratégias que não podem faltar.
Os pais, os professores e todos os formadores de opinião precisam saber que cidadãos queremos formar, sem interferência político-partidária.
É urgente a criação de um Pacto Nacional pela Educação e Cidadania.

Precisamos, através de um debate nacional aberto, formular paradigmas de educação e cidadania para o Desenvolvimento Humano, em perspectivas holísticas, que saiba se libertar dos complexos ideológicos que vão garroteando, asfixiando e discriminando  as pessoas que não se orientam pelas cartilhas que são a causa do atual fracasso da educação. Precisamos vencer este insólito e insensato círculo vicioso.
Quando falamos de desenvolvimento, pensamos na perspectiva econômica e humana. Pensamos em desenvolvimento total e não apenas setorial.
A Educação precisa ensinar as pessoas a refletir e a meditar nos valores e nas condições da vida e do viver. Neste mundo plural, já podemos até falar numa espiritualidade humanista. Alguns falam do valor divino do humano. As pessoas precisam saber pensar além do imediatismo consumista, muitas vezes frustrante. A espiritualidade humanista pode nos ajudar a superar nossas fraquezas e nossas fragilidades, ante uma sociedade muitas vezes cruel e injusta. Precisamos articular o ser, o ter, o conviver e o compartilhar.
Precisamos educar a pessoa humana integral, com uma Educação Integral e articulada.
Só a Educação Integral poderá construir a Nova Primavera da Humanidade, a partir da Primavera Nacional com justiça, solidariedade, dedicação e responsabilidade, com base na alteridade, superando o egoísmo e o egocentrismo que esfacela e fragmenta a sociedade.


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Força e Fraqueza da Universidade

A Universidade, como as escolas de todos os níveis, precisa ser mais competente, criativa, com responsabilidade social. Precisa de mais pesquisa e mais atuação.
Precisamos ter foco na educação: saber o que queremos, para quê, como e quando. Precisamos ter presente, sempre, a Missão e as Finalidades da Educação,  para vencermos o ensino fragmentário e sem rumo certo, que leva a um ambiente insustentável e de repressão de lado a lado.
Queremos uma educação para o desenvolvimento, com a conseqüente inclusão social. Mas como, por quê, para quê, quando, onde?
A Universidade que não prepara cidadãos competentes, responsáveis e atuantes, está traindo a Nação.
A Universidade deveria ser a grande força propulsora da preparação de profissionais de mentalidade humanista, atuante e construtores de uma sociedade mais justa e mais responsável. Mas precisa superar sua mentalidade burocrática e fragmentária, sem eixo articulador e sem foco nacional,  sintonizado com o universal.
Faz-nos enrubescer o fato de o Brasil não ter nenhuma Universidade classificada entre as 100 melhores do mundo.
Uma ação educativa frouxa não leva a nada.
Será que, desta vez, alguém escutou o alarme tocar, pedindo socorro ou alertando para o risco iminente de um país humanamente insolvente?! O que os governos estão fazendo com esta nação?!

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Diálogo Nacional e Internacional Permanente

 Este é o foco deste diálogo nacional e internacional, onde todos são convidados a escrever dentro dos parâmetros da honestidade, da ética e da legalidade.
Ajude a nação a prosperar de verdade. Estude e dê a sua opinião neste Fórum Sócio-Econômico Internacional, com foco no nosso tema  central: “Educação, Desenvolvimento, Cidadania e Inclusão Social”.
Amigo, participe deste diálogo.

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