HISTÓRIA TRAÍDA
Soberania Ameaçada
(Réplica 2 ao senhor G. C)
J.Jorge Peralta
Caro Senhor
1. Pois é, caro crítico! “O cachimbo deixa a boca torta”, diz a sabedoria popular. Já está montada a ditadura que proíbe ver as falcatruas dos vintecinquistas.
Para alguns “vintecinquistas” só há um discurso justo, legal, admitido: sempre elogiar, enaltecer, exaltar o 25 de Abril, seguindo o marketing bem arranjado e as opiniões dos escribas da imprensa falada, escrita e televisiva, e outros, previamente cooptados, sob a supervisão de forças estranhas ao país. Estão pondo vendas na Nação!! Estes são bem pagos e brindados, com benesses, com dinheiro pago por impostos de pessoas a quem talvez falte o necessário para cuidar dos filhos e dar conta das corriqueiras despesas domésticas. No Brasil dizem que também há gente paga para enfeitar a imagem dos gestores do vinte cinco, contra os interesses superiores da nação...
Cobrir, com uma lona preta, os desmandos dos arrogantes e atrevidos “donos” do poder, pode e é desejável para os beneficiários. Que o povo não saiba!
Quem os denunciar é “inimigo” da Pátria”. Seja escorraçado! Mas que pátria?! Seu mundo está centrado em interesses pessoais.
No entanto, essa gente está desacreditada. Depois da Internet, não mais se pode cobrir o sol com a peneira. É inútil... Tudo se sabe; até falsidades...
Os que mostram esse descalabro são os verdadeiros patriotas. Zelam por seu País, ainda que venham a ser perseguidos, ou mal olhados... Remar contra a corrente pode ser trabalhoso e penoso, mas às vezes é a única forma de desviar da tempestade, que se arma, logo adiante, e pode naufragar o país.
A Ânfora de Pandora foi destampada; os males estão na rua, às claras. Os traidores saíram dos esconderijos. Será que, logo a seguir aos males, chegarão os bens, como conta o mito? (Se não conhece o mito de Pandora, pesquise e achará).
2. Meu caro crítico
Vejamos alguns paradoxos estranhos:
Falar de Portugal, de seu lado luminoso, de sua missão histórica, diz o senhor: “isso incomoda”. Incomoda a quem?!
Esta atitude de mostrar um outro Portugal, belo e grande, em seus feitos históricos, diz ainda o senhor que, “ao invés de nos credenciar, acaba por nos abacalhar”. Não entendi! É de pasmar!
Desculpe-me, mas raramente leio frases tão insensatas e tão mesquinhas!
3. Falar do lado bom da nossa História e da nossa gente, faz mal a certos “vintecinquistas”.
Éh! Estou entendendo porque o “25” riscou, das escolas a História de Portugal. Só pensa na Ibéria e na Europa, divulgada por uma campanha soez de aloprados mercenários, que os professores seguem como cartilha apátrida (?!!)Tenta esquecer Portugal, a Pátria de todos.
Para essa gente (!) Portugal começou em 25 de Abril de 1975 (?!). Antes disso só existiu o caos (!!) Mas a verdade é inversa: Portugal existiu íntegro, embora machucado, até 25 de Abril, como um País altivo e forte, há 835 anos, com uma história gloriosa e algumas feridas, como é natural. E depois de 25, o que temos? O que resta?! Muita vergonha e um país decadente, desnorteado, prisioneiro de compromissos que lhe tolhem a liberdade.
Quem é capaz de criticar Salazar, que se olhe no espelho, honestamente, escute o que o espelho diz.
Os nossos grandes patriotas, que continuam existindo e são a maioria absoluta, estão sendo, sistematicamente desacreditados por uma “máquina” política suicida. Mas eles resistirão e o nosso sol voltará a brilhar, e a vida voltará a sorrir-nos.
Acreditamos que “não há mal que não se acabe”.
Atualmente há uma campanha armada e bem articulada para ferir a auto-estima dos portugueses e dos brasileiros. Dá-se ênfase quase exclusiva às sombras dos dois países. Esconde-se a Luz.
As sombras existem, sim. Mas sonega-se a face luminosa, que é muito mais intensa e muito nos honra.
As atitudes de pequenez de nosso povo e de nossas instituições são trombeteadas, aos quatro ventos. As grandezas são ocultadas, aos olhos das pessoas e aos olhos do mundo.
4. Consegue-se facilmente o intento: ferir a auto-confiança e a auto-estima do povo e da nação.
Este é o caminho que leva à dominação de outras potências, que se propõem como melhores e até salvadoras. Salvadoras ou opressores?!
É assim que as nações vão perdendo a soberania e entrando num anódino e oco padrão geral de caráter, esteriotipado, nivelado por baixo, robotizado, num mundo consumista, sem outros valores!! Talvez a grande derrocada chegue ao pensamento único, desejos únicos, modas únicas, comida única, criatividade nula, liberdade zero. Tudo sob o olhar vigilante do “grande irmão” ($). Assim pensam alguns aloprados. Todos se julgando livres. Mas que liberdade?!
Pessoalmente, por meus conhecimentos, alisto-me ao lado das pessoas que olham Portugal e o Brasil, pelo lado luminoso, sem olvidar as sombras deletérias que rondam o País, ou até para contrabalançar a onda negativa que nos ameaça.
As nações também adoecem e precisam de se cuidar e de se tratar para evitar a UTI. O frio combate-se com o calor.
Não podemos desistir. “Amanhã há de ser outro dia”.(Diz Chico Buarque)
Bem diz Fernando Pessoa:
“Quanto é melhor quando há bruma
esperar por Dom Sebastião, quer venha ou não!”
5. Há hoje, uma plêiade de homens e mulheres trabalhando nas hostes que exaltam e põem à luz do dia a alma luminosa das duas nações. Supera muito as suas mazelas que também existem.
Já dizia Camões:
“Também dos Portugueses alguns traidores houve, algumas vezes...” (Os Lusíadas, C. IV, 33).
Sim, também há uma imensidão de pessoas fazendo o trabalho sujo: divulgar, trombetear e agravar o lado tenebroso ou sombreado de nossos países, sem mostrar o outro lado. Entram na casa pelo galinheiro, e não pela sala de visitas. Esta eles escondem.
As pessoas malignas escondem o lado melhor do país e apenas mostram o que é ruim, para poderem amaldiçoar o país e ultrajá-lo, buscando tirar vantagens escusas. Mas, num país decaído, todos decaem.:
“Não há nada como um dia depois do outro!”
Foi assim que o profeta Balaão foi subornado, para amaldiçoar os israelitas, como cita Vieira (Num. 23,13).
Está escrito: “Os filhos das trevas são mais astutos do que os filhos da luz”(Lc. 16,8).
6. Seja como for, a história seguirá o seu rumo. Cada um colha o que semeou. Quem semeia luz, colha luz; quem semeia trevas, colha trevas.
Esta é a lei da vida e da morte.
Posso atestar que, na linha em que desenvolvo os meus trabalhos, há centenas e milhares de pessoas; certamente milhões. Não estou só. Nunca.
O lado sadio da nação está com quem cultiva seu lado melhor.
Há centenas e talvez milhares de obras nesta linha, de pensamento positivo.
Também há muita gente, sempre sôfrega, do outro lado: o crítico deletério.
A história dará o veredito.
7. Nossos leitores têm posições bem definidas e não estou aqui para ofender ninguém, nem para atacar. Digo o que penso, com todo o direito de o fazer. Respeito a opinião alheia, mesmo quando não concordo. Não sou palmatória do mundo.
Faço a minha parte, com consciência e lucidez. Que cada um faça a sua parte.
Falei da sabedoria popular, ao iniciar este comentário. Alguém contesta? Pois eu insisto e atesto: Por vezes há muito mais sabedoria e dignidade num analfabeto camponês ou guardador de rebanhos do que em muitos dos laureados, com vistosos diplomas, em nossas universidades e talvez gerindo o patrimônio público.
Nota: Este texto prossegue a Réplica ao senhor Cipriano
Aguarde a Réplica 3, amanhã
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