II - PORTUGAL - RESTAURAÇÃO DE SUA SOBERANIA
4. Por outro lado, Portugal precisa aprender a lição, como toda a Europa, e acabar com gastos perdulários. Precisa fazer a Lição de Casa. Precisa de austeridade, sensatez e ousadia.
O consumismo desenfreado e a precária produtividade, sem planejamento social orgânico e genuinamente nacional, é sempre desastroso. O clientelismo e o corporativismo exaurem o bem-estar da nação.
"Quanto é melhor, quando há bruma" - Fernando Pessoa |
Portugal precisa superar a mentalidade de dependência, a que se submeteu, a partir da adesão à CEE, ou de 1975. Precisa recuperar a sua altivez. As pessoas mais conscientes e de mais ampla visão do país, precisam ter maior espaço na formulação das metas do Governo e na sua implantação.
O Governo de Portugal precisa superar a ganância, e ajudar o povo a reaprender a ser um povo efetivamente soberano, senhor de seu destino. Erros do governo não são erros do povo. Não é o povo que deve pagar a conta. Trinta anos de desacertos levaram o país a um estado frágil. Na Europa os Estados mais fortes ditam as regras aos Estados mais vulneráveis, ferindo a soberania; o povo paga a conta do que não usufruiu. É carga pesada
Portugal de chapéu na mão é constrangedor. Para um país que gerenciou um império, é algo humilhante. Portugal precisa reaprender as leis da austeridade produtiva e proativa. O povo precisa recuperar seu orgulho e altivez, com mais qualidade de vida
O País não pode perder a esperança, nunca... Mas não pode esperar, de braços cruzados, passivamente... Que ninguém se omita... A omissão de muitos corrói as nações...
Ouçamos Fernando Pessoa: “Quanto é melhor, quando há bruma; esperar por D. Sebastião, quer venha ou não”.
5. Portugal precisa lutar pela sua Restauração, no campo político, econômico, cultural, produtivo e educacional. As autoridades do País precisam aprender a lição do momento. A solução tem de ser conquistada pelo povo e não esperar mais uma solução externa, " ex máquina", como diriam os gregos.
Portugal real não precisa de esmolas; precisa de uma administração competente e responsável, sadia e austera, superando os vícios eleiçoeiros que a todos desgastam, gerando insegurança e mal-estar na população.
Há problemas bem mais profundos do que o rombo econômico. Os problemas econômicos de superfície não podem encobrir as questões de base. Resolver aqueles sem saber equacionar estes é construir sobre areia movediça.
O gesto do Brasil não seria uma doação, mas um rentável negócio solidário. Paralelamente daria a Portugal a oportunidade de enfrentar seus problemas de base. Em vez da cooperação do FMI ou da China, ou de outros, incluindo Timor Leste, o Brasil tomaria a dianteira, num gesto memorável.
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