sexta-feira, junho 10

Dia de Camões

CAMÕES E VIEIRA
UM PINÁCULO PARA OS IMORTAIS
                                                         José JPeralta

Camões foi um poeta guerreiro e navegante
Que a sua língua e a sua pátria imortalizou
Com sua arte, suas vivências e seus ideais.
Foi o cantor das glórias de seus ancestrais,
Das glórias e percalços
Da lusa gente de sempre,
Perpetuando-as de geração em geração.

Através da História, de mãos em mãos
Sua obra lírica e épica, sempre genial,
Vai tomando novos significados, em novas dimensões.
Sua obra máxima é os Lusíadas, poema épico imortal.

Os Lusíadas é um monumento linguístico, histórico e cultural,
De ouro e marfim, em granito talhado.
É um magnífico patrimônio da humanidade.

Os Lusíadas é uma joia rara e preciosa,
Incrustada na alma, no sentimento e no rosto de nossa gente.
É o livro símbolo da nacionalidade, da grande pátria lusofalante.
É uma bandeira tremulante, na nossa estante e na nossa mente.
É um navio que navega, por mares encrespados ou tranquilos,
Rumo a seu superior destino, pelos “deuses” traçado.

Vieira foi um guerreiro do humanismo,
Um navegante dos sete mares; um homem de sete partidas.
Nos Sermões defendeu as grandes causas da humanidade,
Do humano ser, da humana convivência,
E da humana dignidade, para além de castas e etnias.
Defendeu sua pátria contra os invasores holandeses
E contra os vendilhões de todas as raças.
Defendeu o direito dos excluídos, numa sociedade plural.


Vieira defendeu o Quinto Império, espaço de harmonia inter-étnica,
De fraternidade e de paz universal.
Um sonho profético.
Vieira foi um peregrino, por destino e por missão.
Por toda a parte distribuiu suas palavras
De estímulo e de engrandecimento aos seres humanos.
Compartilhou sua sabedoria, entre gregos e troianos.

Camões, com seu Lusíadas, e Vieira, com seus Sermões
São personagens símbolos e reservas morais de nossa nação,
Pelos quatro cantos do mundo espalhada.
Têm um pináculo garantido, na alma e no coração da lusofonia.

No Promontório de Sagres,
Espaço sagrado e altar da nacionalidade,
Onde todos os heróis de verdade, da lusofonia,
Têm místico e esplendoroso monumento invisível,
Onde o granito e o bronze são feitos de linguagem e de ideais,
Lá estão, gloriosos e de louros coroados,
Nossos mestres inquestionáveis: Vieira e Camões.
Estão ladeados por outros homens gloriosos e geniais.
São símbolos de nossa unidade e de nossa confraternização.
São luzes que iluminam os caminhos das atuais e futuras gerações.

Camões é para todo o sempre,
Afeito à lutar por mar, e por terra,
No Oriente e no Ocidente.
Foi o cantor símbolo de sua pátria e de sua gente.
Foi um cidadão da Lusofonia, um cidadão do mundo.
Vieira, um luso-afro-brasileiro,
é o símbolo da universal lusofonia,
nos quatro cantos do mundo implantada.

Camões e Vieira, acompanhados
de Fernando Pessoa e de outros mais,
São a luz que brilha, ilumina e nos guia
Por todos os espaços da Lusofonia,
Dando-nos mais fraternidade e vida.

Camões, Vieira e Pessoa
Pensadores e artistas geniais, de porte imortal,
Têm seu nome gravado a ouro, em granito,
No coração e na mente de todos os Lusófonos,
Em escala mundial.
                                             (São Paulo, 2005)

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