terça-feira, setembro 15

PORTUGAL É DOS PORTUGUESES
Nenhum Troglodita Dirá o Contrário


JJorge Peralta

O Português tem seu Portugal para nascer
e o mundo inteiro para viver
”.
(P. Antônio Vieira)

.......1. O lugar do português é Portugal.
.......Esse é um direito que nenhum “primata” provinciano ou troglodita pode negar-lhe, sem cometer crime de discriminação e de exclusão social.
.......Ter vergonha dos próprios pais também é algo abominável, próprio da barbárie.
.......Ter vergonha dos que emigraram é inacreditável, num país onde, por muitos anos, a maior fonte de divisas, foi a emigração. Portugal tem uma dívida eterna e impagável com os emigrantes...

.......Por muito tempo, Portugal dependeu dos emigrantes. No entanto, não me lembro de ter visto, em Lisboa, um monumento a esses abnegados EMIGRANTES. Muitos “anônimos”. Outros foram porta bandeira do progresso, em muitos países.
.......Emigrante é discriminado na própria terra?! Isto é um contra-senso quase irracional. Trocam homenagem de gratidão por exclusão!!

.......Mas o lugar do Português é também o mundo inteiro, onde é sempre bem recebido.
.......Diz o grande Mestre P. Antônio Vieira:
.......o Português tem Portugal para nascer e o mundo inteiro para viver.”

.......2. Vieram-me estas ideias ao ler, com atenção, a crônica ”A rejeição do emigrante” do sr. Miguel Reis, (Portugal Club/agosto/2009), que merece toda a consideração, como tudo o que já aqui li deste autor.
.......A equidade e o respeito é questão de dignidade humana, que falta em alguns, que tiraram seu diploma, em cursos apressados, que não lhes deram formação cívica e de caráter ou tiveram uma ética precária.
.......Quem desonra Portugal são alguns ignorantes diplomados e não os emigrantes, que provaram sabedoria, com sua coragem e com sua teimosia e ousadia, de amarem a sua pátria, seu bem maior.

.......3. “Emigrar é, sim um ato de coragem”.
.......Apesar das exceções, os emigrantes têm imensas e épicas histórias de coragem, sofrimento e sucesso para contar.
.......muito heroísmo em toda essa gente abnegada, dedicada e decidida.

.......Portugal, não é mais dos que lá ficaram do que dos que emigraram.
.......Aliás, alguns dos que ficaram estão a dilapidar e a envergonhar o país.
.......Alguns que emigraram também. Mas a maioria honra o seu país pelos quatro cantos do mundo e aí deixa lembranças imortais e gratificantes.
.......Na emigração há os arrogantes e patifes, que desonram a pátria e a condição humana, como em todos os povos. No entanto, o índice dos que engrandecem é muito alto, significativo e alvissareiro, o suficiente para levantar a auto-estima da nação que viu nascer e lhes legou a vontade férrea de seus antepassados, que os impulsiona e não os deixa esmorecer.

.......4. Aos atuais inquilinos do Palácio do Governo, eu lembro:
.......Cuidem dessa terra e garantam-lhe a soberania e o desenvolvimento, com qualidade e sustentabilidade.
.......Garantam boa educação e saúde ao povo. São bem pagos para isto.

.......Afinal esta é a terra mãe da lusofonia que totaliza mais de 260.000.000 de falantes espalhados por países europeus, africanos, asiáticos e americanos. Portugal, hoje, é patrimônio histórico muito honroso da humanidade, pelos feitos dos seus filhos. Preservem-no para um futuro melhor.

.......Portugal é, hoje, também, um país de imigração. Acolhe milhares de cidadãos dos países do Leste e milhares de brasileiros.
.......Por que não se criam estímulos para os emigrantes voltarem a produzir em sua própria terra?!

.......5. Reitero o que disse nos textos que aqui publiquei, (no Portugal Club), recentemente: “Portugal de Além Fronteira” e “Um Portugal Multiplicado”.
http://tribunatropical.blogspot.com/2009/06/portugal-de-alem-fronteiras.html
http://tribunatropical.blogspot.com/2009/06/um-portugal-multiplicado.html

.......6. Insisto: O senhor Raposo, ou o Expresso, deveriam fazer uma declaração pública formal, pedindo desculpas ao seu país e aos seus emigrantes, por suas declarações ofensivas a ambos. Suas agressões cobriram-nos de infâmia. (Crônica no Expresso de 22.08.2009), publicada, também, no PortugalClub.

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