segunda-feira, janeiro 21

Conspirações e falcatruas

CONSPIRAÇÕES E FALCATRUAS
OU O NOVO DESPERTAR DA LUSOFONIA
Uma Polêmica sobre a Soberania Ameaçada ?!
Gênese e desdobramentos da Contestação de uma proposta claudicante

“O bajulador vive às custas
daqueles que o escutam”
La Fontaine
LUSÓFONOS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS

Apresentação da Série Potência Lusófona
Amigos Lusófonos

I – ESTADO DA QUESTÃO
1.       Reúno, a seguir textos que produzi a respeito de uma controvérsia,
em torno de uma proposta, que considero leviana e gravemente lesiva à Língua Portuguesa e à Lusofonia e aos Direitos das nações.

Ao tomar conhecimento de um projeto chamado “geolíngua”, (novo nome da Língua Portuguesa?!), que considero uma conspiração simulada, publicado em alguns websítios de conhecida repercussão, escrevi dois textos, contestando e denunciando a proposta.

De antemão deixo claro minha matriz ideológica: Sou um pragmático humanista. Defendo o Direito de todos à prosperidade, com justiça e bem-estar. Defendo o bem-comum, articulado com os direitos fundamentais da pessoa humana.
Defendo a “DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS”, da ONU.

Saí em campo aberto,  respaldado pelas ciências da linguagem, e pela estratégia política e pelo Movimento Pacto Lusófono - PLM.
Como Coordenador do PLM, e como cientista da linguagem não poderia me omitir.

2. Pela ousadia inusitada da proposta, achei que não podia deixá-la sem resposta. Vi que as pessoas que deram guarida aos referidos textos e até os “apoiadores”, certamente o fizeram por não terem  atinado o alcance e o rumo da proposta, que, afinal é contrária à nossa Língua Portuguesa, que ele quer marginalizar. É, portanto, lesivo a toda Lusofonia e aos Direitos básicos das nações.
A Língua de um Povo é intocável. É um direito fundamental. Imagine o atrevimento de alguém propor que a terceira língua mais falada do Ocidente, falada por  260 milhões de pessoas,  passe a ser 2ª língua, no próprio espaço natural, par a ceder o espaço de 1ª língua (?!) ao espanhol (?!) É afrontoso e ridículo.
A proposta supera em agressão à Pátria de Camões, os decrépitos sonhos de anexação de Portugal, defendidos até pelo nosso canhestro Prêmio Nobel... São propostas inconcebíveis.
É “caso de polícia” (?) Talvez.
Debaixo da proposta podem correr rios de sangue. É a lição da História.

3. Ao propor a Língua Portuguesa como “Língua da Globalização”, que afinal, não é novidade nenhuma, coloca-a como 2ª Língua, onde ela é a primeira.
Artificial e astutamente, faz-nos bilíngues e portanto,  “falantes” do espanhol (castelhano) e enquadra-nos como espanofalantes (?!) Que atrevimento?!
Faz então uma estatística maluca, infantil e traiçoeira, dizendo que a Língua Espanhola passa a ser a língua mais falada do Ocidente,  com 700 milhões de falantes, superior, portanto, à língua inglesa. Contabilidade falsa, para enganar credores.
Lembre-se: contabilidade falsa dá cadeia e deu prejuízos terríveis ao mundo, em 2008.
Refaz o traçado do Tratado de Tordesilhas que passa a separar, não as terras da Espanha das de Portugal, mas terras de Espanha (que anexa Portugal) e outras terras. (Inominável!!) Cria a sigla CPLP+E. O homem está equivocado ou... Parece esquema elaborado no Hospital Franco da Rocha, em Juqueri.
Aqui observo que a pessoa que aumenta a sua propriedade, invadindo a propriedade do vizinho, leva o nome de assaltante e é punido por isso.
Isto é golpe publicitário. Só.  RM quer ser notado, ainda que seja como Heróstratus.
Quer incendiar a Lusofonia?!... Para cavar um espaço na história, ainda que seja tentando pôr fogo nas águas do Atlântico...

4. Mas é muito mais: É uma afronta, como eu disse, num dos textos. Ele usa a estratégia do mascate: leva presentes para a família, para convencer o marido a comprar o seu produto. Ou a estratégia da raposa: Para pegar o queijo do bico do corvo, envaidece-o, com elogios bajulatórios. Moral da História de La Fontaine cabe justinha aqui:
O bajulador vive às custas daqueles que o escutam

O que mais incomoda é que meu interlocutor trata seus leitores como otários, que não sabem se defender de suas artimanhas primárias.
Para resolver seus impasses instransponíveis, faz afirmações absurdas, como dizer que o falante da Língua Portuguesa é naturalmente bilíngüe(?!). Uma balela, sem sentido... Um mentira deslavada. Onde se viu?! Aliás nem sei se é  mentira ou se é delírio...
Atropelando a realidade, o homem vai empurrando seus sonhos marqueteiros, vendendo seu (?) “produto”: a língua portuguesa.

À parte isto,  o proponente escreve um mundo de asneiras. Para despistar o seu real intento, vai espalhando flores murchas...
Quem quiser comprovar, leia os textos da proposta do senhor RM, com atenção:
Atentado à Lusofonia (clique) (Por enquanto é apenas uma tentativa de atentado).

II – TOMADA DE ATITUDE

5. Diante do atrevimento desmesurado, e, vendo que havia gente importante, caindo no “conto do vigário”, resolvi contestar e denunciar a falcatrua, com dois textos, postados na Internet, onde estava a referida proposta, logo depois do Natal de 2009:
 “Guerra Aberta Contra a Lusofonia”
e “ Lusofonia, o Diálogo Necessário”
Imediatamente o autor da proposta, RM, saiu em campo, descontrolado, com ameaças ferozes e injúrias ao meu texto e a mim e, por tabela à lusofonia...

Foi uma estratégia para despistar, tirar o foco, dos meus argumentos e de sua carência de argumentos.(É a estratégia do político sagaz...)
Não escreveu uma única palavra, um único argumento para contestar a minha arguição.
Apenas lançou ofensas, injúrias e calúnias. Lançou também um desafio, pensando em dividendos de marketing, se eu lhe desse palanque. Aceitei o desafio, com as minhas devidas condições prévias, que possam garantir a lisura do debate, sem palanquismo.
Se ele quiser, podemos dar prosseguimento à polêmica, pela Internet, já.
Então que venha a campo refutar os meus argumentos, com respeito e dignidade de quem teve... Berço. Nas injúrias anteriores, deixou dúvidas...

O texto Guerra Aberta Contra Lusofonia teve quatro sólidos e fortes  comentários, como pode ser observado em <  http://tribunalusofona.blogspot.com/2009/12/guerra-contra-lusofonia-1.html >.
Dos quatro comentários, destaco o de uma professora de Moçambique, que enriqueceu meu texto, com novas informações. Daqui agradeço a todos.
Fica comprovado que, ao lutarmos por causas justas, nunca estamos sós. Na posso deixar de agradecer também pelos comentários competentes e estimulantes da Profa. Berta Braz, do senhor Ricardo Madeira e do senhor César Ernesto

6. Eu estava viajando quando soube do teor dos insultos e agressões  também desmesuradas, do senhor RM.
Deixei passar o tempo.
De volta ao  meu escritório, sem pressa, organizei alguma idéias, não para a réplica às agressões que não  o merecem, mas para ampliar a contestação. Por tabela faço a Reconvenção das Agressões.
O que fiz, de fato, foi articular outros argumentos, não apresentados nos dois textos iniciais. Aqueles eu reputava suficientes para tirar de campo uma proposta tão primária, mas tão sub-reptícia que até pessoas de destaque “compraram” a ideia. Por isso ampliei a argumentação, confrontando as propostas.

Planejei 9 (nove) textos para esta réplica. Terminei apenas 8 (oito). Acrescentei alguns textos convergentes. Os outros virão depois.
A proposta não merece toda essa dedicação, mas a lusofonia merece saber o que se passa.
Precisa saber o que está sob ameaça cerrada de atentado. Que esta ameaça não é questão isolada. Faz parte de mais amplo plano de assédio à Lusofonia.
Todos precisam conhecer os paradigmas das artimanhas do governo de Madri, aplicadas em casos concretos e visíveis, em termos históricos.


7. Prossegui em campo, porque o assunto me dava oportunidade de aprofundar alguns posicionamentos teóricos. Uma regra de ouro: “Nunca subestime o inimigo”; “Não  mostre suas cartas”.

Diversos dos argumentos acertam a proposta bem na testa, como pedra da funda de Davi.
O senhor RM continuará fazendo de  conta que não leu? Tentará despistar... Para sobreviver?!... Fará de conta que os argumentos-pedra não acertaram na fronte a sua inepta geolíngua e a sua iberofonia decrépita.
Sem dúvida , os ineptos projetos caíram por NOCAUTE, mas ainda sobrevive...
A proposta é insustentável se não nos acomodarmos.
“Dormientibus nos succurrit jus”
 “A justiça não protege os descuidados”

8. Somos um povo hospitaleiro, solidário e generoso; mas a sagacidade pragmática mais marcante precisa fazer parte das nossas forças essenciais. Não pode faltar.

Hoje a ideologia oficial, despreza o nacionalismo e o  patriotismo, em nome de um certo e anódino universalismo acéptico, ou do anódio politicamente correto...
No entanto, o nacionalismo deve sempre estar articulado com o universalismo. Assim foi sempre a cultura portuguesa.
É o equilíbrio das forças centrípedas (nacionalismo) com as forças centrífugas (universalismo) que garantem o equilíbrio da nação.
Universalismo sem nacionalismo é uma força deletéria e castradora das forças genuínas da Nação. Mas o nacionalismo sem o universalismo também é força deletéria.


III – UM APELO – CHAMADO GERAL

9. O Mestre Agostinho da Silva defende ideias idênticas às que eu defendo.
Isto posto, devo afirmar: esta  disputa que assumi não é só minha. É de 
todos os lusófonos minimamente conscientes. Sou apenas um cidadão livre,  lusófono e aposentado. Onde estão os outros?!
         Deixei muitos afazeres para administrar esta questão. Estou apenas fazendo a minha parte. Não retrocedo. É hora de fazer um grande levante, pela lusofonia reafirmada. “Não podemos dar pérolas às piranhas”...

Espero que outros também cumpram o seu deve. Para abalar a letargia instituída, precisamos ser muitos, nas diversas áreas: Ciências da Linguagem, Política, Sociologia, Forças Armadas, Relações Internacionais. História, etc, etc.

            10. Que a Lusofonia é uma potência sob ameaça não é novidade. Todas as potências estão sob ameaça. Os pigmeus; como os gigantes, tentam se aproveitar de alguma fragilidade dos “menores”.
            A AR precisa organizar uma comissão permanente  para colher subsídios sobre esta questão. As Forças Armadas, também.
            A Academia Portuguesa de Ciências talvez devesse  estar na dianteira deste projeto, sem substituir os demais.
            A ameaça explícita precisa ser denunciada à ONU e à U.E., etc.

            Entidades como a Nova Águia , o MIL – (Movimento Internacional Lusófono), o PLM (Movimento Pacto Lusófono Mundial), deveriam formar uma Comissão para tratar do assunto, com encontros semestrais. O primeiro poderia ser em Maio/2010, em Lisboa, sob a coordenação do MIL.
Lembremo-nos: “Quem não é organizado é tutelado” e “Aos descuidados a justiça não protege”.

Advirto: A Lusofonia, principalmente Portugal, mantém-se em um equilíbrio instável, a meio de muita insatisfação. A paz é frágil e deve ser protegida a todo custo.
Quem pensar em impor algo do tipo geolíngua, jogando a Língua do país para o  segundo plano e impondo a língua espanhola, ainda que diga matreiramente o contrário, poderá levar a uma convulsão apocalíptica no país. Deve ser denunciado como ameaçador...

Imagine-se as pessoas sendo presas e punidas por falar a própria língua no seu próprio país. Assim ocorreu em Olivença, Timor Leste, etc... É inacreditável, não é?!

11. Os textos que agora Proponho são os seguintes:

1) Conspirações e Falcatruas – Uma Polêmica sobre a Soberania Ameaçada (clique)








Dentro das ideias de Lusofonia que defendo sugiro:

            TEXTOS PARALELOS CONVERGENTES:











→ Olivença, Um Paradigma e Uma Advertência Cruel (clique)

→ União dos Povos Lusófonos (clique)

Notas:
1)      O texto de RM, de agressão ao meu texto, está disponível sob o título “Ameaça à Lusofonia” em:

2)      O texto do projeto contestado “geolíngua” está disponível in:

J. Jorge Peralta
www.tribunalusofona@gmail.com


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