terça-feira, dezembro 8

Lusitanidade, Lusofonia e Universalidade








LUSITANIDADE, UMA FORÇA MUNDIAL

Apresentação e Perspectivas do Forum

I
LUSITANIDADE FORÇA DA LUSOFONIA, UM MUNDO MULTIPOLAR

            A Lusofonia é um tema na ordem do dia. É uma das chaves de articulação de um mundo multipolar, que quer harmonizar os paradoxos da nossa civilização, instaurando a unidade na Pluralidade.
Quer preservar a individualidade de cada cultura, articulando a diversidade enriquecedora, numa unidade superior que garanta a  cooperação mútua, para a prosperidade e o bem-estar de todos os povos.

            Para os povos lusófonos, a Lusitanidade é uma Força Motriz que dá suporte plural à Lusofonia, espalhado pelos quatro cantos do mundo.
           
A Lusitanidade nos dá a perspectiva Universalista de seus princípios de sustentação.
A lusitanidade está na ordem do dia, como a Lusofonia.
A Lusitanidade é a força matricial da Lusofonia.
A Lusitanidade, matriz da lusofonia, desenvolveu-se no espaço da antiga Lusitânia, muito antes da era cristã.
Após a morte de Viriato e  a derrota pelo Império romano, em 20 anos  de lutas sangrentas, a Lusitânia recolheu-se ao silêncio, para reaparecer, mil anos depois com toda a sua energia, nas hostes do primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques, caracterizada como portugalidade.

2. A ideia da Lusitanidade não cabe na mente de alguns, marcados pela capacidade estreita de ver o mundo e a vida.
O espírito da Lusitanidade está na base da obra de grandes pensadores lusófonos.
Citamos alguns exemplos mais conhecidos, para quem pretender aprofundar o assunto:

a) Entre os Pensadores Clássicos recordamos:
- Luis de Camões (Épico e Lírico),  o P. Antônio Vieira e Damião de Góis.
b) Entre os Pensadores Modernos:
Fernando Pessoa, Teixeira de Pascoaes, Agostinho da Silva, Jaime Cortesão, Antônio Quadros.

c) Dos Pensadores atuais citamos apenas: Rainer Daehnhardt, Eduardo Amarante e Paulo Alexandre Loução, entre algumas centenas de grandes nomes.
Os nomes que cito são apenas uma pequena amostragem.
Sobre o assunto temos hoje centenas de estudiosos e uma plêiade de dedicados e entusiastas especialistas.

Na Carta de Princípios do pacto Lusófono Mundial – PLM (clique), damos uma outra listagem dos grandes patronos da Lusitanidade.

II
VIEIRA E A CULTURA DA LUSITANIDADE

3. Este Forum de Debates, analisa a Lusitanidade sob a égide do pensamento do P. Antônio Vieira, o Magno Orador da Língua Portuguesa, também, laureado por Pessoa, com o título de Imperador da Língua Portuguesa.
O mesmo Vieira que propomos como Patrono da Lusofonia, como Camões é Patrono da Nacionalidade.

O P. Antônio Vieira defendeu, em toda a sua obra, a dimensão universalista da lusitanidade.
Diz ele, no Sermão de Santo Antônio, pregado em Roma, 1670:
Santo Antônio
não seria verdadeiro português, se não fosse  luz do mundo.
Ser português é ter uma visão e um pensamento universalista.
Acrescenta Vieira: os portugueses se chamaram “Lusitanos” para que trouxessem no nome a luz, porque “Deus os havia de escolher para luz do mundo”
A grande missão de Portugal foi dar Novos Mundos ao Mundo. Por mares bravios, por terras e civilizações desconhecidas, andaram os aventureiros portugueses. “E se mais mundos houvera, lá chegara”. Disse, Camões.
E diz Vieira, que a sina do Português é esta:
“nascer pequeno e morrer grande e chegar a ser homem. Por isso nos deu Deus tão pouca terra para o nascimento e tantas terras para a sepultura. Para nascer, pouca terra, para morrer, toda a terra. Para nascer Portugal, para morrer, o mundo”.
E Vieira vai mais fundo:
“Pouca terra era Portugal, mas ali fez Deus um seminário de luz, para transplantar pelo mundo”.
Vieira diz que:
“Portugal é um cantinho da Europa, um cantinho de terra, pura e mimosa”.
Mais tarde esta frase ecoaria em Pinheiro Chagas que cunha uma frase que marcou Portugal para sempre:
“ Portugal, Jardim da Europa
À Beira-mar plantado

4. Este é o Portugal de Vieira que ele sempre cultivou e defendeu, com toda a sua coragem, ousadia e competência.
Vieira não temeu de defender o país dos seus patrícios canalhas, que em toda a história fizeram a nação sangrar, em conspirações e corrupções vergonhosas”.
Como em todas as nações, em Portugal não faltaram traidores atazanando a vida dos grandes heróis.
Da face escura de Portugal, Vieira fala no Sermão de Santo Antônio, escrito também em Roma, para ser pregado em 1671. Portugal,  como tudo o que é humano,  teve e tem luz e sombras.
Hoje falamos só de Luz.
Exposta a visão universalista que Vieira tem de Portugal, e a sua ligação de Lusitano, com a luz do mundo, vamos nos deter sobre a essência do nosso tema:
Lusitanidade, Lusofonia e Universalidade
Este tema está num contexto temático mais amplo, o tema do Fórum:
Lusitanidade, uma Força Mundial.

III
O QUE É LUSITANIDADE?
(ESTADO DA QUESTÃO)

5. Lusitanidade é um sistema de valores que se desenvolveram na antiga Lusitânia . O paradigma da Lusitanidade é o chefe lusitano, Viriato, que deteve o avanço do Império Romano,  na Europa no século II a.C.
Somos conscientes da crise de valores que assola o nosso tempo, fruto de uma ideologia voltada para o atendimento a questões imediatistas, que leva ao consumismo, com poder da força, asfixiando a força da justiça.
Esta crise de valores foi gestada e alimentada em muitas ideologias deletérias, ancoradas no capitalismo selvagem, no comunismo oportunista e até em certos comportamentos inconsistentes das religiões.
Tudo o que não é material vai sendo descartado. Inclusive a consciência das pessoas.
No entanto, também os valores humanistas vão  desabrochando com novo vigor. Testemunhamos novo alvorecer de novos tempos.
Já se nota uma grande virada. O mundo evolui em espiral; cada nova volta está em novo patamar, mudando as condições anteriores. A vida se faz de mudanças articuladas, para o bem  ou para o mal: mudar é próprio da condição humana.
É resultado do processo dialético: Tese, Antítese e Síntese.
Uma grande Revolução Humanista vem sendo processada.
O humanismo é a força dinâmica da Lusitanidade.
É este tema de que trata este estudo.

Nota: o presente estudo foi exposto sumariamente, no Fórum sob o tema geral:
“LUSITANIDADE, UMA FORÇA MUNDIAL”
Realizado no dia 8 de Dezembro de 2009, na Casa de Portugal, de São Paulo, Brasil.

  



LUSITANIDADE, LUSOFONIA E UNIVERSALIDADE
J. Jorge Peralta
I
GENTE LUSITANA E SUA ÉTICA

1.    Um Povo Cordial e Solidário
Os Lusitanos  habitaram a faixa de terra mais ocidental da Europa, o
território a que hoje chamamos Portugal, antiga Lusitânia. São consideradas gente “algo especial”, que se projeta na posteridade. São os nossos ancestrais da antiguidade. .
Milênios antes dos habitantes da Bretanha, da Germânia e da Gália, e até antes das Pirâmides do Egito, eles erigiram dolmens e menires. Ainda hoje subsistem  milhares, pelo território português.
Sua religião era tão forte que ergueram pedras de mais de 10t. que ainda hoje apontam o céu, em posições pré-estabelecidas, apontando constelações de estrelas, espantando observador....
Inúmeros povos, vindos de diversos pontos da Europa, da África e
da Ásia, aqui se implantaram, como invasores ou como parceiros, buscando um lugar ao sol para viver e conviver. Fugiam das calamidades de seu torrão natal. Aqui foram colhidos.

De todos os povos e civilizações que aqui aportaram, os autóctones/aborígenes aprenderam algo para mais se desenvolverem.
Os lusitanos eram um povo atento, prático, cordial e guerreiro.
            Daí vem uma característica marcante que até hoje acompanha o povo português:
O espírito solidário,
- com a capacidade de se misturar com outros povos e bem conviver;
- a habilidade de resolver problemas e encontrar soluções inesperadas;
- a aceitação do outro que possa ajudá-lo;
- e de rejeição a tudo que não lhe interessa.

            Foi um povo que se manteve coerente e fiel a si mesmo,
com extraordinária capacidade de sobrevivência, mesmo em situações difíceis, sem ser hostil e também não submisso aos outros.
Foi um povo que aprendeu a ser livre e independente sem deixar de conviver como os outros.

2.    Viriato, Personagem-Símbolo
Esta saga lusitana tem um personagem símbolo, um herói mítico: VIRIATO.
Viriato rejeitou os Romanos e liderou o seu povo lusitana contra o invasor.
Não lutou para conquistar algo, nem para impor a sua vontade aos Romanos
Lutou para defender a sua terra e a liberdade e independência de sua gente.
A Lusitânia, liderada por Viriato, foi o último reduto da península Ibérica a manter resistência ao Império Romano.
Só depois dos Romanos matarem à traição este grande guerreiro, e ainda só duas gerações após a morte, é que os romanos, finalmente, dominaram a Ibéria. (138 a.C)
Com a morte de Viriato, a derrota de seu povo, e a dominação romana, desapareceu a Lusitânia, por um longo milênio. Mas não desapareceram as forças matriciais deste povo, que permaneceram vivas, no novo povo miscigenado.

3. Com Portugal ressurge a Lusitânia
Um milênio depois (1140) a Lusitânia ressurgiu, para fazer nascer Portugal.
Ressurgiu por obra de D. Afonso Henrique e seus companheiros Templários.
Muita coisa tinha mudado naquele povo, que  mais se miscigenou.
O que ressurgiu foi o modo de ser, de agir, e de estar no mundo, dos lusitanos, que um milênio não extinguiu. Antes, retemperou e outros valores agregou.

Quando Afonso Henriques fez a sua espetacular reconquista da antiga Lusitânia, aos Mouros, por toda a parte encontrou um povo cristão. O povo não era muçulmano. Muçulmanos eram os chefes, os Califas, que detinham o poder civil e militar e cobravam  os impostos da população.
Os lusitanos eram cristãos como o eram os suevos e os visigodos, que foram invasores, antes dos romanos, e nesta terra se integraram e radicaram.
Eram cristãos arianos, que Roma combateu, por considerá-los hereges. Para evitar a perseguição de Roma, muitos dos cristãos arianos se converteram ao islamismo...

Neste contexto surgiu a “Pax Lusitana”. Os portugueses construíram uma fórmula própria de convivência harmoniosa, entre os 3 principais credos da Lusitânia: os cristãos, os muçulmanos e os hebreus.
Esta mesma convivência respeitosa vai ser propugnada pelos Templários; Está coerente com a mensagem de Cristo e dos grandes Mestres.
Os portugueses são por índole e ética, um povo tolerante, forte e decidido, sempre aberto à diferença que também enriquece... São algumas
 de suas marcas, que o acompanha pela vida a fora.
Esta era a prática da cultura moçárabe que Afonso Henriques encontrou, ao executar o plano de reconquista cristã.
O DNA da gente portuguesa, do tempo da Reconquista pouco se alterou, até nossos dias.

4. Paradoxos do Poder
No entanto, o Reino de Portugal, independente, só existiria com a aprovação do Papa. Para convencer o Papa de sua fidelidade a Roma, Afonso Henriques, após a conquista de Lisboa, sacrificou o Bispo Cristão Ariano, sinalizando lealdade, ao cristianismo romano.
Diz Rainer:
O Bispo Cristão de Lisboa teve de morrer para Portugal nascer” (p. 31)

Sem saberem que a população era cristã, antes pensando que era muçulmana, portanto, inimigo, os soldados mataram muitos cristãos. Espantavam-se porque eles se ajoelhavam e faziam o sinal da cruz antes de serem mortos pela espada dos soldados, também cristãos..
Após ocupar o território e tomar o poder, das mãos dos chefes árabes, Afonso Henriques deixou o povo continuar a viver em paz, no novo país, cada um no seu lugar, com  liberdade de ir e vir.

5.    Ordens Religiosas  Militares que Apoiaram o Rei
Portugal, desde D. Afonso Henriques, teve, nas ordens religiosas e  militares um apoio fundamental. Entre outras destacamos:
- A Ordem do Templo, para a conquista e criação;
- A Ordem de Cristo, para a expansão;
- A Ordem de Avis,  para a sua iniciação mística.
Extinta a Ordem do Templo, (1317), D. Dinis criou a Ordem de Cristo, que herdou todos os bens e conhecimentos dos Templários, continuando-lhes a obra, até o domínio castelhano (1580).
A Ordem de Cristo foi aprovada pelo Papa em 1319.

6. Persistência da Lusitanidade – A Força do Futuro:

A Lusitanidade é uma questão  de ética, de caráter, de praticidade e estratégia.
As forças matrizes que o povo português herdou de seus antepassados foi a perspicácia, o caráter cordial e generoso e a abertura para a diferença, buscando sempre unir forças e não dividi-las, buscando a Unidade na Diversidade.
Seu princípio foi: reunir para somar e progredir; e não dividir para governar, rejeitando os contrários. O espírito de tomada de decisão, sem embromação, mas com razão.
Estes são os princípios da ética do passado e do presente lusitano, e são a força motriz do 5º Império do Mundo, o Império do Espírito, por tantos sonhado, mas ainda um embrião que procura seu tempo para ressurgir.
A Lusitanidade é uma grande reserva moral de Portugal e da Humanidade. É a  grande reserva  moral da Lusofonia.
São Princípios que alguns néscios contestam e combatem por ignorância, ofuscados por princípios de brilho cromado, mais cativantes aos sentidos.

A Lusitanidade é um estado de espírito que acompanha a Lusofonia.
Por isso dizemos que a Lusofonia é uma Força Mundial.
A Lusitanidade presente na Lusofonia, ajuda a consolidar as marcas próprias de cada país Lusófono: a Portugalidade, a Brasilidade, a Angolidade, Moçambiquidade etc.
É da essência da Lusitanidade, a busca da unidade, com respeito à diversidade

AMARANTI, Eduardo – Mitos e lugares  mágicos de Portugal. Sintra, Zéfiro, 2008.


II
A GENTE LUSÓFONA  E O SEU MUNDO
= Dimensões da Lusofonia=

1- Lusofonia, uma Potência Mundial
Apresentamos a Lusitanidade como uma Força Mundial.
A Lusofonia nós a consideramos como uma potência Mundial, entre as grandes potências do  mundo moderno.
O que é a Lusofonia?
Um fato relevante que não costuma ser destacado, é que Portugal, manteve sua identidade própria, dentro do mesmo espaço geográfico, por 800 anos, o que nenhuma outra nação conseguiria. Isto lhe confere segurança,  prestígio e força.
A Lusitanidade é a força motriz da Lusofonia. É sua matriz.
A Lusitanidade é uma comunidade multinacional e multicontinental, unida pela mesma língua, a língua portuguesa, como língua oficial, com uma história comum, multi-secular de  povos que compartilham culturas algo similares.
São aproximadamente 260 milhões de pessoas, de falantes da língua portuguesa, distribuídos em 8 (oito) nações soberanas, de Língua Oficial Portuguesa.
Acrescentem-se alguns milhões vivendo espalhados por todo o globo, em todos os oito países, com destaque para a França, Inglaterra, Espanha, Suíça, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Congo, Namíbia, África do Sul, etc, etc.
Contados os luso-descendentes, até à segunda geração, somos mais de 25 milhões de “lusófonos”, só na diáspora, vinculados a Portugal. Portugal seria um potencial de 35 milhões de lusófonos

2- Re-Unir para Consolidar e Fortalecer
Os oito países de língua Oficial Portuguesa reúnem-se na CPLP- Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa.
O fato agregante principal é o fato de todos os oito países  terem a Língua Portuguesa, como Língua Oficial.
Um longo percurso histórico desses países, com Portugal, confere aos países algumas características culturais e de valores comuns, que lhes garante uma solidariedade real, que vem da mútua coesão social, manifesta na Língua, na Arte, na Literatura, na Culinária e nos Costumes.

Todos os povos lusófonos, em sua identidade, têm algumas marcas comuns e outras específicas que reúne interesses e trocas mutuas.
Cada nação lusófona, tendo como elo de união a Lusitanidade, sediada na língua, tem também a sua própria identidade: a brasilidade, a portugalidade, a angolidade, a  moçambiquidade, etc, etc....

3. Forças que unem e não separam
A Língua Portuguesa é, para todos os lusófonos, o grande vínculo histórico e cultural, comum, resultante das convivências multi-laterais e multinacionais. Este vínculo leva à produção de um patrimônio cultural, literário e artístico, do qual destacamos, dentre algumas centenas:
Camões, Vieira, Pessoa, Antero, Torga, Pascoaes, Machado de Assis, Graciliano Ramos, Manuel Bandeira, Drummond, Gonçalves Dias, Aleijadinho, Portinari, Guimarães Rosa, Vila-Lobos, Gilberto Freire, Pepetela, etc, etc.
Podemos dizer, com Pessoa,  que, socialmente,
nossa Pátria comum é a Língua Portuguesa.
No entanto, politicamente, somos 8 (oito) países soberanos, independentes, que querem se desenvolver e levar o bem-estar ao seu povo. Querem se unir para mais se consolidar e prosperar, levando qualidade de vida e bem-estar ao seu povo, preservando os princípios éticos que lhes dão base social.
Somos, então, um conjunto heterogêneo e solidário  de nações.
Nossos laços genéticos são biológicos e culturais.

4 . União de Povos Soberanos
Hoje, passadas as mágoas e ressentimentos mútuos e as mútuas desconfianças, provenientes da guerra colonial que, em alguns países, se prolongou em guerra civil, já se pensa em dar um passo à frente da CPLP, começando a criar a União dos Povos Lusófonos-UPL, que, paulatinamente, se tornaria, Federação dos Povos Lusófonos – Brasil-Portugal, seguida de Brasil-Portugal-Angola, e assim sucessivamente.

O Brasil é de longe, o maior dos países lusófonos, sendo maior que os outros sete juntos: em território, na economia, na demografia, na cultura,... etc.
O Brasil representa 75% dos falantes da Língua Portuguesa, no Mundo.
Veja em Apêndice anexo os seguintes quadros:

10 Línguas mais faladas no mundo
10 cidades mais populosas do mundo
Falantes da Língua Portuguesa nos Países não Lusófonos
Falantes da Língua Portuguesa países Lusófonos

        5. Lusofonia Tropical
        Se bem observarmos, veremos que a Língua Portuguesa é uma Língua predominantemente tropical. A maioria absoluta das pessoas que a falam são radicadas nos trópicos.
            Ao complexo mundo que daí surgiu, sob a égide de Língua Portuguesa, Gilberto Freire chamou o Luso-Tropicalismo.
            O mundo tropical deslumbrou os portugueses, que não se cansaram de exaltar suas ricas belezas e potencialidades.
            O clima e a exuberância da natureza dão às pessoas uma grande e espontânea alegria de viver, já decantada na Carta de Pero Vaz de Caminha, depois de ter passado apenas uma semana, em Porto Seguro, Bahia.
            Das obras que exaltaram a beleza e riquezas da terra Brasil/Tropical, destacamos:
                  - Diálogos das Grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão (escrito em 1618)
                  - Tratado Descritivo do Brasil em 1587 - Gabriel Soares de Sousa



III
A PALAVRA LUSITÂNIA, UM PARADIGMA

1. Viriato Resiste à Invasão de Roma
Lusitânia é uma marca muito forte que orna o nome de Portugal. É uma das grandes jóias de sua coroa. Certamente a primeira, em ordem cronológica.
Efetivamente, Portugal, em sua pré-história, começou como Lusitânia.
O nome Lusitânia tem origem e significado incerto.
A sua origem perde-se na penumbra da pré-história do país.
O território dos lusitanos ocupava quase todo o território de Portugal atual e grande parte da Estremadura Espanhola, compreendendo Salamanca e Mérida.
A Lusitânia mereceu comentários muito honrosos de historiadores e pensadores de Roma e da Grécia. Foram  muito apreciados os cavalos da Lusitânia e os “Lusitanoi”.

Os lusitanos eram guerreiros muito respeitados na Europa, durante o Império Romano.
Viriato, o Guerreiro dos Montes Hermínios-Serra da Estrela, marcou para a história o sentimento da Lusitanidade, ao se revelar contra o Exército Romano, Invasor da Europa. Foi defensor do seu povo.
Roma  só conseguiu matar Viriato à traição. Mas o ato e a bravura de Viriato marcou a história de Roma e levou o seu povo à categoria de heróis.
(Viriato bem merecia alguém que contasse e decantasse seus feitos, seus méritos e de seu povo, como fizeram os criadores de Asterix e Obelix). Viriato e os Lusitanos foram mais fortes que os gauleses).

2. Viriato, a Força Matriz da Lusitanidade
O gesto de Viriato, ao defender a liberdade de seu povo, consagrando princípios éticos eternos, marcou para sempre seu povo, que ressurgiu, mil anos depois, com o nome de Portugal.
Viriato é o grande e brilhante mito, a força matriz da Lusitanidade e da Portugalidade.
Portugal sente-se herdeiro de Viriato e se honra deste nome que é uma das  referências matriciais de sua História.
Diz Pessoa que “o ideal do grande herói é virar MITO”. Viriato conseguiu e mereceu.

3. Significado do Nome Lusitânia
Se a Lusitanidade está tão arraigada no psiquismo coletivo dos portugueses, como marca indelébel do povo, é nosso dever procurar saber qual o significado original  da palavra Lusitânia, se for possível...
É que o que passamos  a fazer, em poucas pinceladas. Sabemos de antemão que este conhecimento, certo ou incerto, não acrescenta nada à força do nome...
Como dissemos, o nome Lusitânia tem origem etimológica e significado incerto. A partir  da cultura dos lusitanos há alguma hipóteses a considerar.
Pode interpretar-se como Luz Citânia: – Cidade de Luz ou País da Luz.
Também podemos interpretar Lusitânia como Terra dos Lusos, que, esotericamente, significaria “Luz dos Titãs” ou dos Guardiões e transmissores da Sabedoria. No cristianismo, a Divina Luz é o Espírito Santo.
A Terra da Luz seria então Terra do Espírito Santo.
Há outras hipóteses a considerar  posteriormente.

4. Significado do Nome de Portugal
Lembramos que Portugal, nome mais recente (1138?), também  é um nome de significado controverso.
Mais comumente é interpretado a partir do local onde se deu a Conquista, nas Margens do Rio Douro. Onde numa margem tinha a povoação do Porto e na outra margem, Calem (Gaia). O nome viria de Portus+Calem= Portugal.
É mais verossemelhante interpretar o nome por outros caminhos, de mais rica simbologia. Possivelmente Porto do Graal.
A palavra Gal é de origem Celta, e existem nomes com essa palavra em toda a Europa. Seria também a base do nome Galiza, Gaulês, Gália, Galácia, Gales.
.
O Galo é o símbolo de Portugal e também da Gália.
O galo é presença constante nos campanários das igrejas e nas comeeiras das nossas casas.
O galo faz parte de nossa cultura ancestral e do nosso subconsciente coletivo.
Na Grécia e em Roma, o Galo é a ave vinculada aos deuses do intelecto e da sabedoria.
Na cultura ocidental, o galo simboliza a atividade e a consciência de vigília.
O galo é a ave que canta, ao romper da aurora, para anunciar a luz do novo dia.


IV
A LUSITANIDADE COMANDA A VIDA

1. Pátria Espaço de Liberdade
A pátria é sempre uma reunião de pessoas com interesses e modos de ser e de viver e de sentimentos coletivos, em relação à vida, à família e à religiosidade.
A história de um povo vai sendo “escrita” por milhões de cidadãos,  movidos por impulsos de sua consciência coletiva.
Identificados com interesses comuns, consignados nas forças e valores constitutivos da Pátria comum, decidem unir-se, solidariamente, na defesa de determinado modo de ser, de viver e de conviver, num espaço geopolítico comum. Esta união e este espaço garantem-lhes a liberdade, a justiça e a busca do bem-estar, com a qualidade de vida possível.

Para nós a história não é uma questão longínqua, guardada nos arquivos e nos manuais fechados ou em museus.
A história Lusitana é um espaço aberto, presente em nosso cotidiano. A História é uma alegoria da vida, sempre recriada.
Nas autênticas fontes do nosso passado, bebemos as águas que irrigam nosso  presente e nosso futuro.

Os portugueses, imbuídos do espírito templário e cristão genuíno, e herdeiro do espírito lusitano,não lutava para contabilizar a glória de grandes vitórias; eles lutavam como defensores de seu povo e da nação.
Foi este o sentido do combate de Viriato contra a ocupação romana.
Foi na antiga Lusitânia de Viriato que se gestou a identidade portuguesa e nesta terra se fixou e consolidou.
Viriato legou-nos o sentimento de lusitanidade, ao resistir a invasão romana, para defender a soberania e a liberdade de seu povo

Viriato virou mito: o mito que faltava... Sua “mensagem” ecoou  além do tempo e do espaço.

2. Aliança que Liga as Gerações
Desagregada com Viriato, a Lusitânia renasce mil anos  depois, com D. Afonso Henriques, herdeiro desse rico patrimônio mítico, que precisava ser preservado.
Nós participamos, como elos de uma mesma corrente, da vida do país, de geração em geração. Somos resultado dos ideais e da ação de nossos antepassados. Nosso patrimônio moral deles o herdamos, com o que a ele acrescentamos.

Romper com o passado é romper com o presente e com o futuro, deixando um grande vazio, sem base.
Ficamos à mercê dos aventureiros. Por isso nós não temos saudades do passado, temos saudades do futuro, das conquistas e ideais de que não sabemos dar conta.

Para ser dignos de nossos antepassados, devemos ser capazes de construir o nosso próprio futuro, com continuidade, inovação e com as rupturas necessárias e naturais.

3. Lusitânia, a Mesopotâmia e o Egito
Os nossos antepassados remotos, lusitanos  e outros anteriores, eram contemporâneos da desenvolvida Mesopotâmia e do Egito, mas numa fase anterior de desenvolvimento. Deixaram-nos uma cultura dolmênica  muito significativa, atestando sua fé intensa e a existência de uma elite  pensante respeitável. Datados entre o 6º e o 2º Milênio antes de Cristo, deixaram-nos uma grande quantidade de monumentos megalíticos.
Estes são mais antigos dos que as Pirâmides do Egito.
A construção de dólmens e antas, bem como o levantamento de menires, foi obra colossal, devido as suas dimensões e ao seu peso.
Mover pedras de dez ou mais toneladas, em rumo certo de estrelas é algo difícil de explicar.




V
LUSITANIA E A LUSITANIDADE NA HISTÓRIA

1. Nossos Antepassados da Lusitânia
Através de inúmeros documentos latinos e gregos, sabemos da existência e do caráter dos lusitanos. No entanto, parte da sua história está envolta em brumas, escondida na noite dos tempos.
Sabe-se que a Lusitânia ocupava grande parte das terras onde hoje é Portugal, mais uma parte significativa da Estremadura Espanhola, principalmente na região de Salamanca e de Mérida.
Acredita-se que os Iberos vieram da África. Entraram na Península, no 2º Milênio, antes de Cristo. Eles deram o nome à península. Alguns especulam se não seriam hebreus que saíram do Egito no tempo de Moisés.
Os Iberos, misturados com os Celtas deram origem aos Celtiberos, nos quais se situavam os Lusitanos.

Desde o Século IIantes de Cristo, a Lusitânia sofreu a invasão dos romanos.
Nos séculos V ao VIII, depois de Cristo, sofreram invasões dos Vândalos, Suevos, Alanos, Visigodos e Muçulmanos. Estes vindos no século VIII.
A nova cultura foi Moçárabe, resultante de ampla miscigenação.

2. Um Povo Miscigenado
A conquista que D. Afonso Henriques precedeu, para formar Portugal, foi para vencer o exército árabe e expulsar os chefes locais, os califas.
A população agora era a resultante de misturas com todos os povos invasores, onde os lusitanos se tinham diluído.
A cultura fenícia, a grega, a etrusca, a visigótica, a ptolomaica, a latina e a muçulmana, em contato com a cultura Lusitânia, nesta imprimiram suas marcas.
Efetivamente a população da Lusitânia é um povo miscigenado, com o aporte de outras civilizações  que a modificaram e enriqueceram, sem lhe alterar o ethos original, o seu  modo de ver o mundo e a vida.

3. Índole dos Novos Lusitanos
Uma das características marcantes dos lusitanos, que persistem até hoje, nos portugueses, é a capacidade de se misturarem com outros povos, aproveitando deles todos os conhecimentos que lhe podem trazer vantagens, mantendo-se fiéis a si mesmos. As influências indesejáveis eles souberam sempre descartá-las.
Também no campo religioso, onde os pagãos tinham seus cultos, em seus lugares sagrados, os lusitanos os mantinham, adequando as imagens ao culto cristão.

4. Herança Enriquecida
A capacidade de adaptação e de preservação através da miscigenação biológica e cultural, são características e predicados marcantes dos Lusitanos, herdados pelos portugueses de sempre.
Os portugueses sentimo-nos solidários com nossos antepassados e com os herdeiros do modo de ser na vida dos Lusitanos do passado, do presente e o futuro.

Sentimo-nos todos ligados por uma imensa corrente de gerações e de famílias, independentemente da cronologia. É uma questão de espírito de solidariedade atemporal, para além da herança biológica. É uma gostosa e promissora e generosa sensação do psiquismo coletivo, de quem convive nestas terras energizadas por um povo solidário, cordial, hospitaleiro e místico. Este articula a vida numa estimulante perspectiva transcendental, humanitária e ousada que se revela numa ágil prática criativa e inovadora e arrojada.
Este modo de ser é que nos identifica com nossas origens, nos articulam com nosso passado longínquo e nos traz o orgulho de nossa lusitanidade.

VI
A LUSITANIDADE QUE O PORTUGUÊS
HERDOU E REVITALIZOU

Poderíamos definir a Lusitanidade dando algumas características de seu caráter:
- é um estado de espírito,
- um modo de ver a vida e o mundo,
- um modo de pensar e de se posicionar,
- um modo de se relacionar e de conviver,
- uma origem num espaço físico e mental,
- um modo de se comportar,
- um sentimento comum e coletivo,
- uma mística saudade do futuro, que pugna por alcançar,
- o sentimento de missão que  o projeta no futuro e na necessidade de realizar algo para os seus e para a comunidade,
- a luta pela preservação da vida com qualidade, para as gerações futuras, concretizado na implantação de Hospitais: Santas Casas de Misericórdia, Beneficências, Casa de Saúde, Igrejas, Conventos, Mosteiros, Clubes de Convivência e de Serviço, que espalharam por todos os cantos do mundo, sem falar nos Fortes, Monumentos e Marcos de Pedra que espalharam por toda a parte.
O Português vive sempre o presente, intensamente, com os olhos no futuro. A alteridade lhe é congênita.
Ele vive num presente contínuo, com os pés no chão e os grandes ideais no coração.


VII
LUGARES SAGRADOS

- A Gruta em um Bosque de Carvalhos, na Região de Viseu, onde esteve Viriato.
- Sé de Braga
- Guimarães – 1ª Capital

- Coimbra      - Mosteiro de Santa Cruz
                        - Túmulos – D. Afonso Henriques, etc.
- Universidade – D. Dinis
- Páteo da Inquisição (nunca mais)(século XVII)

- Alcobaça – Mosteiro / Afonso Henriques – Episódio de Inez de Castro
- Tomar          - Afonso Henriques – Templários
- Castelo e Convento de Cristo – Infante D. Henrique
- Igreja Nossa Senhora do Olival
- Mosteiro da Batalha – Aljubarrota
- Lisboa         - Sé Catedral
                        - Igreja de santo Antônio
- Igreja de S. Domingos (Palco de Fogueiras da Inquisição,
  nunca mais...) e Terremoto
- Igreja do Carmo – Nuno Álvares
- Sagres         - Igreja de S. Vicente
                        - Castelo de Trancoso Bandarra
- Évora           - Sé Catedral
                        - Templo Romano
- Fátima         - Cova da Iria

- Açores – Ilha de São Miguel.      
- Igreja do Santo Cristo - - Convento da Esperança
- Santarém    - Castelo, grande marca na Reconquista de Afonso Henriques

- Alenquer      - Túmulo de Damião de Góis
                        - Convento de São Francisco (1º de Portugal)



VIII
MOMENTOS ÉPICOS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL

“Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce” (Pessoa)

1.Planejamento a Longo Prazo
Os grandes obreiros da História de Portugal, iniciados nas ciências esotéricas, traçavam grandes objetivos para o país, com séculos de antecedência. Os ideólogos da nossa História nunca pensaram pequeno, porque era grande a sua visão e seus propósitos.
Depois de definir os objetivos, foram traçando e construindo caminhos e trilhas, através do tempo, encaminhando-se no rumo de tais objetivos que somente as gerações posteriores iriam alcançar.
Os ideólogos de um País nunca podem ser imediatistas. Devem cuidar do presente com os olhos no futuro, sob as luzes do passado.
Os destinos de Portugal foram traçados por grandes mestres.
Eles levaram Portugal a momentos épicos de exaltação e glória que nenhum país antes tinha alcançado. Mas levaram também a grandes desastres, frutos de traições articuladas pela inveja e por perseguições causadoras de grandes tristezas para a nação.

2. Rol de alguns Momentos Épicos
Nível Nacional e Mundial

1) A resistência defensiva de Viriato, contra a invasão romana(148 a 140 a.C.)
2) As batalhas de Reconquista de Portugal, aos mouros, por D. Afonso Henriques.
3) A criação do Mosteiro de Alcobaça por D. Afonso Henriques, como centro de educação e reflexão do Reino.
4) A criação da sede dos Templários em Tomar, centro de logística, estratégia, de reflexão, formação e de planejamento.
5)  A criação da Universidade de Coimbra, por D. Dinis.
6)  A Instituição da Festa  do Divino, pela Rainha Santa Izabel. (em Alenquer).
7) A Primeira Casa dos Franciscanos, também em Alenquer
8) O episódio de Inez de Castro, (reinado de D. Afonso IV)
9) A Batalha de Aljubarrota, rechaçando a invasão castelhana.
10) A ascensão  de D. João I, o Mestre de Avis.(13...)
11) A criação das Santas Casas de Misericórdia, em Lisboa, na Ribeira.
12) A conquista de Ceuta, marcando a Era da Expansão Portuguesa (1413).(?)
13) A Era dos Descobrimentos Marítimos e o Infante D. Henriques
14) A Viagem de Vasco da Gama para a Índia (1498?).
15) A Descoberta do Brasil por Cabral.(1500)
16) O mito de D. Sebastião, em Alcácer Quibir.(1578?)
17)  A elaboração de “Os Lusíadas”, por Luis de Camões.
18) Atuação de Nóbrega no Brasil, como grande estrategista.(1549)
19) A Expulsão dos Holandeses do Brasil/Recife em 1654(?)
20) A ação dos Bandeirantes no Brasil (Equivale ao Descobrimento).(1628)
21) As Trovas de Bandarra – Trancoso
22) A Restauração da Independência de Portugal por D. João IV (1640).
23) Os Sermões de Vieira, e sua atuação como reencarnando a alma e a voz da nação. Vieira foi o Cavaleiro da Esperança e muitos momentos.
24) O Mito do 5º Império.
25) A Transferência da Família Real para o Brasil e o Reino Unido, Portugal-Brasil.(1808)
26) A Criação da Biblioteca Nacional do Brasil.
27) O Governo de Sidônio Pais. (República)
28) A Ascensão de Salazar.(1926)
29) A publicação de “Mensagem” de Fernando Pessoa.(1935)?




IX
DESASTRES ÉPICOS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL

1. Momentos Desagregadores (processos)
1) A derrota de D. Sebastião, em Alcácer Quibir. Fim de uma Era.
2) A derrota à Traição de D. António Prior do Crato, nos Açores. (1580?)
3) A Ascensão de Felipe II ao trono de Portugal e o esgotamento da nação.
4) O terremoto de Lisboa – 1755
5) Ações torpes da Inquisição, denunciadas por Vieira. Perseguições e Discriminações.
6) A Derrota de D. Miguel
7) O assassinato do Rei D. Carlos
8) A Farsa do 25 de Abril
9) As Inconsequências e Traições da Guerra Colonial.
10) A Adesão Incondicional à União Européia, sem preservar a identidade e a prosperidade,  a qualidade de vida e a sustentabilidade da nação.

2. Quem são os maiores Traidores da Pátria

Os Homens traidores do seu país, os homens-lobo, ganham para trair o seu país.
Podemos citar alguns clássicos da traição da nossa história
- Calabar
- Miguel de Vasconcelos




X
UMA MORTE LENTA A SER ESTANCADA

1. Desagregação  do Espírito Templário e do Espírito Lusitano
Com a invasão da Espanha, com os Felipes,  começou  a se esvair o espírito Templário: o Espírito da Lusitânia. Aliás começou a morrer nas areias quentes de Alcácer Quibir,  após a trágica batalha e nas prisões das Arábias, e nos  campos onde foram escravizados os vencidos, nessa imensa armadilha  a que condenaram  o país, e a fina flor de seus ideais e de sua gente.
Ou começou com a morte de Damião de Gois a quem os inimigos do país silenciaram, para não falar com D. Sebastião, que o respeitava.
Quem foi o real arquiteto desta aventura inglória de Alcácer Quibir?
Quem foram os estrategistas?
Quem tramou este desastre, esta arapuca  absurda e surrealista?!
Quem levou vantagem deste desastre?
Quem convenceu o Rei a tão arriscada e cara aventada?!
Também a Inquisição tem parte nesta tragédia humana e social.

2. Derrocada do Espírito Templário no Governo
D. João IV, O Restaurador e seus companheiros não tem conhecimento da alma e dos compromissos da nação e de suas convicções. Sessenta anos de dominação da Espanha, completaram a ação deletéria de Alcácer Quibir.
            Desconhecem o Espírito Templário e o espírito Lusitano.
A Inquisição vai   liquidando tudo, aos poucos, por dentro.
Assim, tropeçando, caindo e se levantando, o país chegou ao presente, com um Governo alheio á alma da nação. Este governo também é vítima de uma grande armação que, certamente, não domina...

3. Repelindo a História de Portugal
Só nestas condições amorfas o país poderia se entregar nos braços da União Européia e vender sua primogenitura por um prato de lentilhas e pensar em diluir a pátria, que iluminou o mundo, numa anódina Ibéria onde se  despersonaliza e perde todo o seu  capital e patrimônio Histórico, enterrando-o  numa vala  comum.
Quem perde não é só Portugal, é toda a humanidade.
Portugal, com toda a sua história e seus ideais é um dos mais grandiosos patrimônios imateriais da humanidade.
Os negociadores do “25 de Abril” eram analfabetos em Portugalidade/Lusitanidade.
Muitos deles eram  desertores e foragidos da justiça militar. Hoje ocupam altos postos, contra a nação que lhes paga o salário para servi-la.
A História de Portugal não é mais ensinada nas escolas do País.
A mestra da vida foi calada. (Diz-se que a História é mestra da Vida)
Os Portugueses de alma, coração e de experiência tiveram a voz cerceada.
Hoje o mundo está sendo pasteurizado.
O pensamento único reina impávido. A identidade das nações está indo para o ralo.



XI
GRANDES MARCAS DA LUSITANIDADE

1. Dotes Marcantes do Português

O português em geral, é dotado de alguns dotes raros e especiais e às vezes inesperados:
1)  a capacidade estratégica de criar novas alternativas e soluções inesperadas;
2) o espírito de participação, de cooperação e de compartilhar;
3)   o esforço de  se dar bem, com tudo e com todos; de viver, conviver e deixar viver;
4) A competência de adaptação e preservação, através da miscigenação biológica, cultural e até religiosa.
Souberam aproveitar de outros povos, os conhecimentos e tecnologias que lhe poderiam trazer vantagens, mantendo-se fiéis a si mesmos.
A terra  aonde fores ter, faz como vires fazer”, diziam nossos pais;
5)  A vontade de ajudar quem necessita, sem esperar recompensa ou retribuição (“fazer bem sem olhar quem”); As Santas Casas de Misericórdia, as Beneficência, e as Provedorias são bons Paradigmas.
6)   A coragem de barrar ou excluir quem abusa, atrapalha e perturba
7)   saber compreender e apoiar sem se submeter e de ajudar sem subjugar;
8) o espírito de guerrear apenas para se defender ou para preservar os seus direitos, por convicção de dever.

2. O Espírito Português

Estas são marcas permanentes do espírito português, em toda a sua  história, através dos tempos, na formulação de Rainer Daehnhardt:
“Sentir-se português é amar Portugal, identificar-se com esta terra e com sua gente; é compartilhar os conhecimentos das origens; é beber das fontes autênticas do passado e preocupar-se com o futuro”.

Portugal, para quem o conhece de fato, em sua alma e em seu coração, é uma nação se igual: uma nação muito especial, certamente talhada para grandes missões, a serviço de toda a humanidade.
A alteridade é uma força congênita da lusitanidade.
Portugal herdou dos Templários e de seus Ancestrais a competência e a sabedoria de traçar objetivos a longos prazos, com séculos de antecedência.
Foi assim que D. Dinis mandou plantar os  pinhais de Leiria que, 200 anos mais tarde, forneceriam a madeira de que se  construíram  as naus dos Descobrimentos. “Naus por haver”,  lhes chama Pessoa.

Enfim, por sua Ação no mundo, o Portugal real é infinitamente maior do que a Europa, mesmo após a descolonização atabalhoada e sem plano digno e honrado, para os dois lados, em contenda.

3. Homens Preparados nos Governaram (?!)

A maioria dos Portugueses eram cavaleiros professos da Ordem de Cristo. O Morgado de Mateus, Governador da Capitânia de São Paulo (...) era Cavaleiro da Ordem de Cristo. Eram homens escolhidos a dedo, com educação rigorosa. Tinham conduta ética e religiosa.
A ordem de Cristo, com sua central pensante, em Tomar, no Convento de Cristo, reuniram o máximo de conhecimentos que viabilizaram o Grande Projeto dos Descobrimentos do mundo. Queriam aproximar as pessoas e compartilhar com elas os novos conhecimentos estimuladores do progresso e do ideal da paz e conquista da saúde e mais bem-estar com justiça e solidariedade e respeito mútuo, evitando as guerras fratricidas, fruto de muita ignorância e arrogâncias descabidas e inúteis...
Os Templários não queriam escravizar, nem saquear, nem aniquilar. Queriam levar liberdade, no melhor sentido da palavra.
Ao menos teoricamente nossos governantes respeitavam seus governados. Eram pessoas preparadas, Cavaleiros Professos da Ordem de Cristo.
Na Costa da África criaram feitorias, com apoio dos chefes indígenas locais. Criaram uma rede de trocas de mercadorias, com vantagens para todos.

ANEXO 1
LUSITÂNIA COMO COROA DA EUROPA

No Século XVI, o grande humanista, Sebastian Munster, frade franciscano alemão (1489-1552) que publicou, na Alemanha, em 1544 a sua obra- prima COSMOGRAPHIA, que teve 24 edições.
O humanista português Damião de Góis foi uma de suas fontes de informação. Este o visitou em Basiléia.
Na sua COSMOGRAPHIA, Munster publicou um mapa da Europa, em forma de Virgem Coroada carregada de mensagens esotéricas.
Aí a Lusitânia aparece como Coroa da Europa. A cruz da coroa aponta para os Açores.



Este fato nos sinaliza que, no século XVI, a Lusitânia já entrava no universo das reflexões de grandes estudiosos europeus.

É provável que Fernando Pessoa conhecesse este mapa que poderá ter-lhe inspirado o  poema inicial de sua Obra “Mensagem”, que a seguir transcrevemos:


[ROSTO DA EUROPA]

                           Fernando Pessoa

A Europa jaz, posta nos cotovellos:
De Oriente a Occidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabellos
Olhos gregos, lembrando.
O cotovello esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquelle diz Itália onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se appoia o rosto.
Fita, com olhar sphyngico e fatal,
O Occidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal.


BIBLIOGRAFIA SUMÁRIA

I- LIVROS

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PERALTA, J. Jorge. O Brasil na América do Sul
PERALTA, J. Jorge. Galiza, Portugal e a Lusofonia

PERALTA, J. Jorge. Acordo Ortográfico, uma Grande Conquista da Lusofonia

PERALTA, J. Jorge. A Nova Ortografia e os Velhos do Restelo

PERALTA, J. Jorge. Uma Geração à Deriva

PERALTA, J. Jorge. Movimento Pacto Lusófono Mundial – PLM

PERALTA, J. Jorge. Novo Despertar da Humanidade

PERALTA, J. Jorge. Lusitanidade, Uma Força Mundial

PERALTA, J. Jorge. Política e Cidadania

PERALTA, J. Jorge. Epopéia Paulista

PERALTA, J. Jorge. A Força da Lusofonia

PERALTA, J. Jorge. O Despertar de Angola

PERALTA, J. Jorge. O Discurso da Insensatez

PERALTA, J. Jorge. Repudio à Agressão-Respeito ao Agressor

PERALTA, J. Jorge. Portugal de Além Fronteiras

PERALTA, J. Jorge. Portugal Multiplicado

PERALTA, J. Jorge. Carta Aberta pela Federação Brasil-Portugal

PERALTA, J. Jorge. União Lusófona: Federação Brasil-Portugal

PERALTA, J. Jorge. Dia Mundial da Lusofonia

BORGES, Paulo. Manifesto “Refundar Portugal”

PERALTA, J. Jorge. P. Antônio Vieira, patrono da Lusitanidade

PERALTA, J. Jorge. Restaurar Portugal - Arautos da Esperança

PERALTA, J. Jorge. A Nova Restauração Nacional

PERALTA, J. Jorge. Farsa dos Cravos e o Brilho das Rosas

PERALTA, J. Jorge. Alvorecer de um Novo Tempo

PERALTA, J. Jorge. Pátria Mãe ou Madrasta?!

PERALTA, J. Jorge. Sadismo Antropofágico

PERALTA, J. Jorge. Colonização Portuguesa no Mundo I

PERALTA, J. Jorge. Colonização Portuguesa no Mundo II

III - REVISTAS

OCEANOS - Revista da Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses. Lisboa.
CAMÕES  - Revista de Letras e Culturas Lusófonas. Lisboa.

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